Como estamos em plena batalha espiritual que se reflete no mundo material, é importante conhecermos até os pequenos detalhes das estratégias dos adversários. Recebi uma mensagem relacionada com Chico Xavier que nos dá boas informações e a transcreverei conforme chegou.
Visitamos Chico e, enquanto conversávamos, uma de minhas irmãs conseguiu anotar o que aqui transcrevo.
“O povo subestima o poder das trevas e elas vão entrando. Os espíritos das trevas tem uma hierarquia quase perfeita. Eles me criaram todos os tipos de dificuldades possíveis e imaginárias para que eu parasse a mediunidade. Certa vez o espírito de Emmanuel me disse: você será testado de todo o jeito.
Penso muito antes de sair de casa, porque nunca sei o que vai acontecer. Muitas vezes eles improvisam na hora. Parece que ficam esperando eu dar um tropeção para acabar de me empurrar.
Certo dia levei um tombo. Cai de costas batendo fortemente a cabeça. Quando ia querer reclamar, ouvi o espírito de Emmanuel dizer-me:
- Agradeça.
- Como??
- Agradeça.
Ainda no chão, procurei elevar um pouco a voz e disse:
- Obrigado, meus irmãos, muito obrigado.
No caminho de volta para casa, perguntei ao espírito de Emmanuel:
- Por que o senhor me disse para agradecer?
- Porque se você se irritasse, emitiria vibrações quase iguais às deles e eles ficariam com mais força.”
Na mesma ocasião em que Chico nos esclarecia sobre o Poder das Trevas, minha irmã, pois ninguém consegue ficar imune ao encanto daquele coração feito de pureza, anotou mais este caso, que coloco inteiramente entre aspas com o objetivo de passar ao leitor um pouco da presença dele, tão viva nesse episódio.
“Ao lado de nosso plano de vida, tem outro que exerce sobre nós continuado efeito de atração, de ímã. Certa vez me apareceu um espírito das trevas que disse, para minha surpresa, dedicar-me estima muito grande. Por isso, queria que fosse fazer-lhe e aos seus, companhia.
Vendo que o espírito estava sendo sincero e que não poderia magoá-lo, respondi-lhe:
- Agora não há condições. Quem sabe mais tarde.
Ele voltou a insistir.
- Eu quero agora.
Respondi-lhe então:
- Olhe, o senhor não se aborreça comigo não. Peço-lhe desculpar-me, mas agora não posso. Tenho um patrão muito bom, que não me deixa faltar nada e eu quero e preciso ser fiel a ele. Temos ainda muito trabalho. Se eu o abandonar, o senhor ficará alegre comigo agora, mais tarde poderá achar que não tive integridade, que abandonei um patrão que era muito bom para mim, não é mesmo? Quando eu desencarnar, se Jesus permitir, passo um tempo com vocês.”
Autor: Adelino da Silveira
Livro: Kardec prossegue.
Estes são bons exemplos para que fiquemos sempre alertas, pois a influência do mal está em todo o lugar, sempre atento ao que fazemos, por mais pura que sejam as nossas intenções, e principalmente por isso. As boas intenções sempre estão atuando no sentido de preservar o bem e eliminar o mal, e esta é a verdadeira batalha que está sendo travada a todo momento, principalmente dentro de nós mesmos. Por isso os adversários estão muito mais atentos para aqueles que estão imbuídos de boas intenções e procuram colocar na prática os seus bons sentimentos, conforme o Mestre nos ensinou.