Os trabalhos coletivos que se desenvolvem em Ceará-Mirim tem uma forte motivação pela espiritualidade, mesmo que na aparência sejam contaminados pelos aspectos mundanos da nossa vida cultural, que têm forte essência materialista. Mas todo esforço é feito para que esses aspectos mundanos não prevaleçam, que o lado espiritual seja cada vez mais forte, sem agredir o lado cultural das pessoas que estão ao nosso redor.
Inicialmente, percebi que as reuniões que começamos a fazer dentro do contexto familiar, para orientar uma reflexão de cunho evangélico, começaram a ter um forte sentido terapêutico, como sempre acontece para quem começa a estudar e procura aplicar o Evangelho. Essas pessoas começam a sentir na vida uma nova perspectiva, mesmo que não consiga ainda ser um cristão exemplar.
As reuniões que fazemos regularmente foram anteriormente colocadas em registro neste espaço com o nome de Terapia Familiar Ampliada, foi entendido como mais um caminho que o Senhor indicou para fazer a Sua vontade. Essas reuniões terminaram sendo incorporadas como Escola do Evangelho, reunião semanal aos sábados, que foram iniciadas nesse novo formato como um estudo sistemático das parábolas de Jesus, em torno de 40, e que foram registradas como a 01/40 (Filho Pródigo) e a 02/40 (o Bom Samaritano), na forma de seminários preparados pelos participantes e discutido por todos.
Agora estão sendo apresentadas as aulas que se realizam na Cruzada dos Militares Espíritas, o Autodescobrimento, pelo seu forte conteúdo terapêutico ao levar conhecimento de como somos formados espiritual e psicologicamente. Terminou ocupando o espaço de discussão das parábolas. Mas vamos deixar o fluxo seguir da melhor forma que as circunstâncias se apresentarem, pois imagino que Deus não queira que nada na vida tenha forte rigidez, que não seja possível uma mudança de rota original quando se perceba que uma melhor pode ser utilizada, para melhor fazer a vontade do Pai.
Hoje foi feita uma reflexão do que aconteceu no dia 23-10-16, domingo, quando comemoramos o meu aniversário na casa de um amigo, por sugestão dele com o meu irmão, e que incluía o patrocínio de um grupo de pagode. As bebidas alcoólicas foram consumidas de forma ampla, sem qualquer tipo de restrição. Isso causou certo constrangimento por palavras inadequadas colocadas no microfone, e preocupações por comportamento de risco, como sair embriagado do evento dirigindo moto. Não seria o mais correto deixar de usar bebidas alcoólicas dentro dos nossos eventos?
Ao fazer essa reflexão e considerando o espaço mental em que estamos operando, dentro de uma estrutura comportamental que denominamos Escola do Evangelho, verifico que o nosso compromisso é o de estudar e procurar colocar em prática as lições do Mestre de Nazaré; vejo que Jesus não chegou a orientar ninguém sobre o uso de bebidas alcoólicas no que ficou registrado nos Evangelhos. Mas podemos concluir pelo seu comportamento, que Ele não era contrário às bebidas alcoólicas, pois vemos que o primeiro milagre que Ele fez, a pedido de sua mãe, foi transformar água em vinho numa festa de casamento. Não podemos ser melhor que o Mestre, este não é o objetivo, e sim seguir as lições que Ele ofereceu, principalmente aquelas percebidas com o Seu comportamento.
O que podemos fazer é orientar aqueles que estejam conosco, quer sejam em momentos festivos ou não, do perigo do álcool enquanto droga capaz de promover doença da dependência, e que devido a isso, que seja usado com moderação.
Percebe-se que já existe pessoas em risco eminente frente ao álcool, por seu uso exagerado nas festas e pelo consumo frequente, no hábito que sinaliza a porta de entrada para a dependência.
É muito bom que tenhamos o olhar crítico no nosso comportamento, que saibamos que a correção do errado que existe dentro de nós, somente nós podemos fazer, e que as pessoas ao nosso redor estão constantemente servindo de instrumentos da vontade de Deus para que possamos aprender o necessário para a nossa evolução.