Sióstio de Lapa
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Meu Diário
01/11/2016 00h59
DIA DO EVANGELHO

            A partir de hoje, o dia 31 de outubro se transforma no Dia Nacional da Proclamação do Evangelho, Dia do Evangelho. Foi sancionada pela Presidência da República em 12-01-2016, a Lei nº 13.245 decretada pelo Congresso Nacional, para dar ampla divulgação à proclamação do Evangelho, sem qualquer discriminação de credo ou igreja.

Na relação do Estado com a Igreja, está registrado que em 1890 ficavam oficialmente separados Estado e Igreja Católica, e instituía-se a liberdade de culto. Apesar disso, todas as constituições posteriores à de 1891 foram colocadas sob a proteção de Deus. Crucifixos no Senado, na Câmara, e no STF, mostram uma separação imperfeita, mais para justificar uma postura materialista exigida pelo positivismo do “Ordem e Progresso” do que por uma verdadeira vocação ateia. A nossa essência continua sendo espiritualista, mesmo detendo os maiores cargos da nação.

            Este é um bom momento para compreendermos quais os limites do Estado Laico que se defende do Brasil. Um país com uma posição neutra no campo religioso, também conhecido como Estado Secular. Tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião.

            Getúlio Vargas que era ateu, deu liberdade para que terreiros de Candomblé fossem invadidos pela polícia. Por outro lado, participou ativamente da inauguração do Cristo Redentor, em 1931. O fato mostra como estes temas eram controversos, como a concepção de Estado Laico era deturpado pelos interesses eleitoreiros. Isso explica porque a perseguição a um grupo minoritário que praticava o candomblé, com os mesmos princípios cristãos de paz e amor, com forte sincretismo com a religião católica, fosse tão perseguida, enquanto a verdadeira religião católica era privilegiada? Incoerência do Estado Laico!

            Na atualidade, o aumento da bancada dos parlamentares identificados em alguma religião, e muitos deles eleitos com a força dos votos dos crentes, traz de volta o debate sobre a laicidade do Estado

            A data de hoje lembra a Reforma Protestante iniciada em 31 de outubro de 1517, quando o alemão Martinho Lutero fixou suas 95 teses na porta da Igreja do castelo de Wittenberg. Também essa data é reconhecida internacionalmente como o Dia da Reforma.

            Outra contradição observada no Brasil é que em 2009 o governo do PT, que é de orientação socialista-marxista, e portanto ateu, sancionou a lei nº 12.025 que estabelecia o Dia Nacional de Marcha para Jesus, a ser comemorado anualmente no primeiro sábado subsequente aos 60 dias após o Domingo de Páscoa.

            Considero que todas essas ações, feitas inclusive por adversários da orientação cristã, sejam caminhos que Deus está abrindo para fortalecermos a disposição para estudar e tentar aplicar as lições do Mestre Jesus. Mesmo assim, cada pessoa permanece com o direito ao exercício do seu livre arbítrio, de aceitar ou não essas lições.

            Acredito que Deus esteja fazendo a sua parte em criar as condições para que o Brasil se torne realmente a Pátria do Evangelho e Coração do Mundo, como está previsto no organograma do mundo espiritual.

            O império da mentira está desabando com a atuação firme da Justiça, o que nunca dantes foi visto por estas paragens brasileiras. Mesmo que o vírus corruptor não tenha sido erradicado do nosso sangue, mas a luz da Verdade, brilhando com mais intensidade, serve como fator “quimioterápico” em nossas consciências.

            Este primeiro DIA DO EVANGELHO deve servir como a raia de onde partirão as mentes sintonizadas com o pensamento do Cristo para a construção de uma nova sociedade compatível com o Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/11/2016 às 00h59