Apesar de não ser possível a sua mensuração de forma objetiva, o Amor é reconhecido pela maioria das consciências mais preparadas intelectualmente como a maior força do Universo, que pode ser reconhecido como a essência do próprio criador. É interessante que possamos fazer uma reflexão para a melhor compreensão dessa força tão importante e ao mesmo tempo tão invisível.
O Pai achou que já era hora dos meus conhecimentos e paradigmas de vida serem colocados ao público, à bem da Verdade, e providenciou para que eu recebesse um convite para falar no Centro Espírita, Pronto Socorro Espiritual, com o tema à minha escolha. Não tive dúvidas, escolhi falar sobre o Amor Incondicional. Para isso procurei fazer um Power Point para organizar o pensamento e ajudar na exposição do assunto. Mesmo assim, o Pai achou que eu deveria falar do que estava em minha consciência, em contato direto com a plateia, sem me voltar para o material de apoio. A sala estava muito clara, esqueci de levar o meu notebook onde estava guardada a aula e o Centro Espírita não disponha de aparelho, para ao menos eu abrir para ler o que havia feito. Encarei a palestra como o Pai queria, falando diretamente para o público. Resgatei na memória o que havia feito e comecei a tarefa.
A procura da verdade tem através da metodologia da ciência uma importante ferramenta para isso acontecer: achar a Verdade. No entanto, fatores de natureza mais abstrata trazem muito mais dificuldade para o cumprimento dos requisitos científicos. Além disso, a lógica e a coerência são atributos cognitivos que podem trazer à consciência fragmentos da verdade que não podem ser alcançados pela metodologia científica. Um desses fragmentos da Verdade, da maior importância, é a nossa origem, enquanto ser vivo, enquanto Universo.
A Ciência aponta que tudo deve ter existido a partir de um único ponto, altamente concentrado em energia. Esse raciocínio é formado a partir do conhecimento de que o Universo atual está se expandindo, explicado através do espectro da luz vermelha que os astros deixam ao ser observados, fato este que é justificado pela velocidade de distanciamento que o objeto apresenta ao ser observado. Então, sendo feito um estudo retrospectivo, teremos que aceitar um encolhimento do Universo até o limite máximo de um ponto, incapaz de ser reduzido ainda mais. Este ponto contem por dedução lógica, todo o potencial energético do Universo conhecido. Alguma força fez com que esse ponto explodisse e expandisse o seu conteúdo, efeito esse existente até hoje.
É neste ponto que o raciocínio, sem o apoio da metodologia científica, pois não encontra mais bases factíveis de comprovação de uma possível realidade, pode elaborar teorias racionais para futuras comprovações.
A primeira teoria é de que esse ponto altamente compacto de energias, “ponto de energia máxima” recebeu uma explosão chamada de Big-Bang e que iniciou todo o processo. Não há uma explicação para que essa explosão tenha existido, tenha sido provocada. Apenas o raciocínio consegue falar sobre o efeito, não consegue ir adiante, para explicar a causa.
A outra teoria tenta explicar a causa do efeito e ao mesmo tempo ter a humildade do reconhecimento da incapacidade de explicar a sua existência, pela interveniência de uma inteligência de sabedoria máxima, que criou e detonou esse “ponto de energia máxima”, assim como pode ter criado e detonado outros “pontos de energia máxima” criando, em consequência, Universos sem conta.
Para mim, esta segunda teoria que inclui a participação de uma inteligência/sabedoria muito superior à minha, a minha existência que foi criada dentro dessas circunstâncias, parece muito mais completa que a primeira. Implica que eu tenha um Pai, um Criador, e que Ele pode se fazer presente dentro da minha consciência, dentro da reflexão desses argumentos. Então, o nome dEle também pode emergir dentro da minha consciência, de acordo com a consciência coletiva das comunidades/sociedades que estejam refletindo sobre Ele. Por isso aceito o nome “Deus” para a Sua identificação dentro desse arrazoado.
A primeira teoria também sente algo parecido com Isso que identifico como Deus, mas resiste a ideia de uma inteligência/sabedoria criadora e prefere colocar tudo a disposição do caos, ao acaso, sem considerar a causa das energias formadas e condensadas, prontas para o Big-Bang.
Em resumo, a primeira teoria defende como a origem de tudo, uma grande interrogação, sem inteligência ou sabedoria; a segunda teoria defende a existência de Deus que se manifesta como inteligência/sabedoria superior.
Para onde vai o nosso raciocínio? Aceitar que tudo que vemos na organização da Natureza é proveniente de ações ao acaso sem uma inteligência/sabedoria norteadora, e que somente o tempo infinito é suficiente para através de ensaios de tentativa e erro chegarmos ao nosso atual ponto evolutivo? Ou que para a existência funcional do Universo com tanta precisão e leis, foi necessária a força de uma energia com inteligência e sabedoria para tudo acontecer e continuar acontecendo?
Esta é a decisão que a nossa consciência deverá tomar, com base no livre arbítrio, para aceitar ou não inteligência/sabedoria criadora dos universos, aceitar a existência de Deus.