Esta palavra, pós-verdade (post-truth), foi eleita palavra do ano de 2016 pelo Dicionário Oxford. O adjetivo foi definido pela editora britânica como relativo a circunstâncias em que crenças pessoais têm influência na formação da opinião pública.
O adjetivo composto “pós-verdade” foi definido como relativo a circunstâncias em que fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública do que emoções e crenças pessoais. A frequência de uso da palavra “pós-verdade” em 2016 aumentou 2000% em comparação com o ano passado.
Segundo a editora de dicionários, as concorrentes a palavra do ano refletem um ano marcado por discursos inflamados, como nas eleições americanas e no plebiscito sob a permanência do Reino Unido na União Europeia.
Seria interessante a comparação dos discursos feitos no Brasil na campanha de 2014 para presidente com a verdade que vai surgindo através do trabalho da justiça que envolve a maioria dos atores de campanhas eleitorais.
A candidata a presidente não economizou em falsear a verdade e produzir mentiras com o objetivo claro de se eleger, à sombra do seu “criador”, que pode ser considerado o pai da mentira brasileiro. O efeito mais funesto desse tipo de atividade é a criação de diversos cargos na administração, preenchidos por pessoas com o mesmo tipo de defeito ético. Não têm escrúpulos de distribuir benefícios sem o devido respaldo legal e principalmente financeiro, endividam a nação e criam um exército de pessoas dependentes e sem educação ou oportunidade de conhecimentos para verificar a falsidade da qual elas não passam de massa de manobra.
O incrível de tudo isso, é que a situação de pós-verdade não chega a mudar a opinião da maioria dos diversos envolvidos, o que leva a pensar que eles também estão se locupletando da mentira que foi gerada, da corrupção que é praticada, ou senão estão escravas da ignorância que não consegue perceber onde está a verdade, ou o mais pior, foram contaminados por algum tipo de veneno mental onde a lógica e a coerência procuram simplesmente distorcer os dados da realidade para justificar a defesa do pensamento canhestro ou da prática delituosa.
É importante que os profissionais do psiquismo, principalmente psicólogos e psiquiatras, se debrucem sobre esse fato da atualidade para procurar atender uma classe de pacientes que não percebem a doença da qual estão enfermos, como os dependentes químicos no início do tratamento.
A criação desse novo adjetivo vem ajudar na identificação e diagnóstico da doença, quando verificamos que as crenças pessoais influenciando a opinião pública, mesmo distorcidos, passam a ter mais força sobre a tomada de decisões do que os fatos reais. Mas vale ressaltar, a doença só pode ser diagnosticada quando a pessoa está envolvida nesse caso da pós-verdade, sem nenhum ganho pessoal. Caso isso seja verificado, que a pessoa tem ganhos pessoais dessa postura que desempenha, deixa de ser doente e passa a ser criminoso, deixa de ir para um hospital e deve ir para a cadeia.