Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/12/2016 23h02
MENSAGEM DO ASTRAL

            Ao ler “Paulo e Estêvão”, livro de Emmanuel/Chico Xavier, pela segunda vez, colocando em cada folha o dia da leitura, reiniciado em 27-04-16, veio cair o dia do meu aniversário, 20-10-16, justamente na fala de Marcos João quando queria acompanhar Paulo em seu trabalho de difundir as lições do Mestre que Ele não havia conhecido, mas passou a respeitar. O diálogo que surgiu desse trecho da leitura serviu como mensagem para minhas convicções no meu atual estágio de vida. Para completar essa conjuntura que acredito esteja associada às minhas convicções, hoje é o dia de São Estêvão, justamente o Santo que foi condenado ao suplício do apedrejamento, por Saulo de Tarso, devido estar divulgando as lições do Mestre.

            Então, irei direcionar o diálogo do texto produzido por Emmanuel como se fosse a orientação dada para a minha conduta dentro das intenções e comportamento tão estranho e combatido por muitos que me conhecem com mais profundidade.

            “Em breve comecei a perceber qual seria minha missão no campo da espiritualidade. Comecei a trabalhar todas as minúcias do meu programa associado à prática do Amor Incondicional, e colocando em segundo plano o Amor Romântico e suas exigências. Como Jesus foi o Mestre que nos foi enviado para ensinar sobre o Amor Incondicional e a formação da família universal a partir dele, eu teria que seguir o trabalho de Jesus fosse aonde fosse.

            Sei que haverá muitos obstáculos, mas terei que saber vencê-los, inclusive com os apoios dos espíritos de luz que também estão comprometidos com essa tarefa. É possível que eu venha experimentar dificuldades sem conta, o que eu poderia ter evitado se tivesse me mantido fiel a um compromisso conjugal, ou mesmo ter feito como tantos fazem, omitir ou mentir sobre o que faziam fora de casa.

            Ora, se o Cristo que era sem pecado encontrou uma cruz entre zombaria e flagelos, quando ensinava as verdades de Deus, o que devo encontrar na minha condição de alma frágil e indigente?

            Mas hei de encontrar as forças necessárias. Sei da grandeza dessa missão e que tenho que dar um testemunho forte, com coragem, vencendo os meus próprios preconceitos, com o meu próprio comportamento, fazendo aquilo que defendo ser necessário todos fazerem.

            Devo explicar com clareza as necessidades atuais do Evangelho. Há muito estamos divulgando, evangelizando, mas o mundo continua envolvido com o egoísmo, onde todos se preocupam apenas com o seu bem estar, que praticam um amor exclusivo, onde o próximo é desconsiderado e muitas vezes humilhado, explorado.

            Devo pintar o quadro da família nuclear com a fidelidade possível, fazer a súmula do que acontece e chamar novos trabalhadores a serviço do Mestre. Este trabalho consistirá em agir dentro da Verdade, com a força do Amor e construir a família ampliada que dará condições de existência da família universal.

            Sei que os espíritos santos, espíritos de luz que no astral e aqui no mundo material procuram cumprir a vontade do Pai, se farão ouvir no ambiente, como agora mesmo estou lendo suas instruções que fortalecem minha vontade e apontam os caminhos para construir a vontade do Pai, com as pessoas de bom coração e boas convicções.

            Sei que da mesma forma que essas mensagens ecoam no meu coração como um cântico de vitória espiritual, também deverá ecoar nos trabalhadores da última hora. Mesmo que tenhamos que atravessar imenso deserto até encontrar as novas mensagens, doces e eternas de Jesus e dos espíritos de Luz.

            Sei que a minha tentativa de conquistar uma dignidade espiritual, pelo estranho caminho que escolhi, na opinião de tantos, irá trazer padecimentos desde a cegueira dolorosa de quem não percebe a verdade e o caminho a ser seguido. Lembro que há muito eu ansiava por Jesus, o procurava nas igrejas, nos templos, mas fui encontra-lo dentro de mim, com o sentimento de justiça e de verdade. Peço agora a compreensão dos amigos, que não me queiram prender dentro do que eles acham correto e que se desvia enormemente de meu caminho. A palavra mais alta me chama ao serviço e me deixo empolgar por júbilo infinito, pois me sinto digno dos esforços confiados aos discípulos.

            Reflito agora, como as dores passadas me parecem pequenas e infantis, comparadas à alegria imensa que me inunda a alma, por me sentir dentro das fileiras do Cristo, com uma tarefa tão importante dentro da vontade do Pai.

            Ninguém pode avaliar a grandiosidade dos sentimentos que me deixam tomados de profunda emoção, quando no silêncio de minhas meditações, escuto a voz da consciência a elogiar a minha disposição de fazer o que é certo apesar de tantos ao redor sofrerem com minhas decisões e isso terminar por flagelar também o meu coração.

            Sei que Jesus aceitou sua oferta ao Pai, como cordeiro de Deus, de boa vontade; as suas lutas, seu sacrifício. Agora o Mestre chama-me, e para responder ao seu apelo irei aos confins do mundo.”   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/12/2016 às 23h02