Dá-me, Pai, a serenidade necessária para que eu reconheça a qualquer momento da minha vida que sou o seu filho, que tenho deveres de obediência para Contigo, mesmo que atravesse os maiores turbilhões, onde existem ameaças aos valores materiais de sobrevivência do corpo físico e dos seus instintos.
Que eu não esqueça, Pai, que fui criado por Vós como espírito simples, ignorante e eterno; que tenho todas as oportunidades de evoluir e me aproximar de Ti pelos meus próprios esforços.
Que a arrogância não perturbe minha humildade; que a vaidade não me ofusque a minha razão; que a pompa dos reis arrogantes não me desvie dos caminhos do Mestre Jesus, teu filho mais amado por muito saber amar e que aceitou vir até nós para nos ensinar os caminhos.
Dá-me, Pai, a serenidade para reconhecer o Teu rosto nas autoridades temporais e também nos miseráveis formados pela ignorância, tanto os multimilionários formados com o suor injusto de quem trabalha, como os indigentes, que caminham respirando o mesmo ar neste aquário azul, mas sem Te obedecer ou mesmo reconhecer em tudo que criastes; algumas vezes usando o Teu nome como moeda mercadológica para os interesses materiais.
Dá-me, Pai, o sentido do meu posto de serviço, que onde eu estiver, sozinho ou acompanhado, deverei estar envergando o uniforme do Teu reino divino, pronto para a batalha nas fileiras do Bem, em uma mão o escudo do Perdão e na outra mão a lança do Amor.
Dá-me, Pai, a sabedoria e coragem de ser o combatente que esperas de mim, que no fragor da luta eu seja o combatente ferrenho a distribuir Amor, mesmo que sofra na carne os espinhos que possam me atingir, dilacerar o meu corpo e angustiar a minha alma.
Sim, Pai, dá-me o que preciso, pois na minha ignorância, reconheço, posso estar confundindo vaidade com necessidade.