Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
08/02/2017 12h39
NÍVEIS DOS FILHOS DE DEUS

            Na leitura de “O livro de Urântia” observo uma relação interessante entre Deus e o Filho. Diz que, o Filho Eterno é o centro espiritual e o administrador divino do governo espiritual do universo dos universos. O Pai Universal é, primeiro, um criador e, então, um controlador; o Filho Eterno é, primeiro, um co-criador e, então, um administrador espiritual. “Deus é espírito”, e o filho é uma revelação pessoal deste espírito.

            O Pai Universal nunca funciona pessoalmente como um criador, ele o faz sempre em conjunção com o Filho ou em ação coordenada com o Filho. Tivesse aquele que escreveu o Velho Testamento se referido ao Filho Eterno, e teria sido verdade o que ele proclamou ao escrever: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que se fez teria sido feito.

            O Filho Eterno é conhecido por nomes diferentes nos vários universos. Em nosso mundo tem o nome de Michael de Nébadon, encarnado como Jesus Cristo. Embora qualquer uma das criaturas seja consideradas como filhos de Deus, a designação de Filho eterno, ou Único, cabe a esse Filho que mais se aproximou da divindade e com ela se identifica.

            O Filho possui não apenas toda a retidão infinita e transcendente do Pai, como reflete também toda a santidade do caráter do Pai. O Filho compartilha da perfeição do Pai e, em conjunto, compartilha da responsabilidade de ajudar a todas as criaturas a sair da imperfeição, em seus esforços espirituais, para alcançarem a perfeição divina.

            O Filho Eterno possui todo o caráter de divindade e os atributos de espiritualidade do Pai. O Filho é a plenitude da absolutez de Deus, em personalidade e em espírito; e o Filho revela essas qualidades no seu manejo pessoal do governo espiritual do Universo dos universos.

            No amor pela verdade e na criação da beleza, o Pai e o Filho são iguais, exceto pelo fato de que o Filho parece devotar-se mais à realização da beleza exclusivamente espiritual de valores universais.

            Quanto a bondade divina, não se pode discernir nenhuma diferença entre o Pai e o Filho. O Pai ama aos filhos do Seu universo como um pai; o Filho Eterno vê todas as criaturas tanto como um pai, quanto como um irmão.

            Então, fiquei a imaginar... É como se existisse níveis na condição dos filhos de Deus. O primeiro nível seria aquele que acabamos de discorrer, daquele filho de Deus que por seus próprios esforços se aproximou o máximo da divindade e com ela passa a ser um co-criador de mundos. O segundo nível pode ser considerado este no qual nos encontramos, reconhecemos a paternidade divina, as lições do Filho Eterno (Filho Único de Deus) e nos esforçamos para evoluir espiritualmente, fazendo a reforma íntima a cada momento. O terceiro nível corresponde aqueles irmãos que não reconhecem a paternidade do Deus, ouviram as lições do Cristo, mas não estão dispostos a segui-las, algumas vezes até as utilizam de forma comercial, para conseguirem benefícios materiais.

            O escalonamento ficaria dessa forma:

            1º - O Pai ama os filhos em qualquer parte dos Universos por Ele criado, como um pai;

            2º - O Filho Eterno, de 1º nível, vê todas as criaturas tanto como pai quanto como irmão;

            3º - O filho de 2º nível reconhece a paternidade divina e considera o Filho Eterno e demais criaturas como seus irmãos;

            4º - O filho de 3º nível, não reconhece a paternidade divina e trata a demais criaturas como objetos a serem utilizados de acordo com as conveniências.

            O projeto evolutivo constrói essa graduação, pois nascemos simples e ignorantes, e somente com esforço e sabedoria iremos galgando os níveis até chegarmos próximos do Pai, não importa quanto tempo nossas imperfeiçoes a serem corrigidas exijam.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/02/2017 às 12h39