Este, ao meu ver, é um campo da máxima importância para a condução de nossas vidas nos caminhos do Bem ou do Mal. Jesus fez um grande esforço para vir até nós, no mundo material, para nos passar informações importantes sobre a melhor condução de nossas vidas, compreendendo a lei do Amor e seguindo a bússola comportamental, de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo”.

            Infelizmente, desde o início as suas lições foram deturpadas, o ódio assumiu o lugar do amor até mesmo dentro dos movimentos eclesiásticos, que deveriam estar bem sintonizados com suas lições.

            Felizmente, trechos de suas lições podem ser alcançadas por nossos espíritos, que usando da razão, coerência e boa vontade, podem fazer uma boa sintonia com elas e assim caminhar de forma mais sintônica com a vontade de Deus.

            Sabemos que a lei de Deus está registrada em nossas consciências, e que pode ser despertada quando fazemos algo errado ou inadequado. Mas não é assim tão fácil, pois isso depende do nível de verdade que a pessoa adquiriu e que muitas vezes adquire falácias como verdade e então, suas ações, alicerçadas nessas pseudoverdades, não chegam a despertar a verdadeira lei de Deus em suas consciências.

            Como resolver esse problema, se eu mesmo posso estar agindo agora dentro de uma pseudoverdade e desejando que todos tenham a mesma sintonia que eu? As forças do Mal trabalham nesse sentido, de induzirem as almas virgens ao erro, colocando a mentira como verdade. Pode acontecer de uma pessoa bem sintonizada com o Bem e a Verdade, não consiga tirar uma pessoa dessa armadilha da sintonia com o Mal dentro da pseudoverdade. Isso pode gerar conflitos, afastamentos afetivos de seres que antes tinham uma boa aproximação.

            Para evitar que caiamos nas armadilhas do Mal é necessário que estudemos com profundidade tudo o que está sendo colocado e se existe coerência naquele que fala e nos argumentos que usa. Felizmente, podem existir muitos caminhos que conduzam a mesma Verdade, mas nenhum deles devem estar em sentido contrário ao Bem.

            Quando obtemos pelo estudo e meditação uma boa percepção da realidade, onde os fatos ligados as ilusórias formas materiais não mais nos enganam, então conquistamos uma postura de magnitude suficiente para intuir a presença do Mal e não cairmos nas ilusões provocadas pelo Mentira. É a condição exemplificada pelo Cristo e adquirida por Buda, no estágio de Iluminação. É uma condição que todos nós devemos nos esforçar por alcançar, pois somente assim podemos ficar “vacinados” contra as ações do Mal e podemos construir o Reino de Deus fora dos nossos corações, pois já o tivemos construído dentro de nós.

            Mas, como fazer quando perdemos a sintonia mental com pessoas de nossa convivência, que temos um laço afetivo, que desejaríamos tanto que ela caminhasse ao nosso lado?

            Devemos respeitar o livre arbítrio de cada um. Se a nossa capacidade de ensinar a natureza do Bem e a influência do Mal é mais forte chegando a gerar conflitos de relacionamentos, é sinal que um afastamento estratégico deve ser realizado. O Cristo nos ensina que não devemos esperar colher uvas de espinheiros, quer dizer, se a pessoa não tem maturidade espiritual, cognitiva ou sabedoria para distinguir o Bem do Mal, não consegue perceber as boas intenções e boas ações de quem está perto, se sempre reage com as armas fornecidas pelos adversários do Bem, então temos que nos afastar e continuar o nosso trabalho junto com pessoas mais amadurecidas.