Na última ceia que Jesus fez com seus apóstolos, ele partiu o pão com eles e disse para comer, pois aquele era seu corpo; da mesma forma fez com o vinho, dividiu, pediu para todos beberem, pois aquele era seu sangue.
Pedro, que era o mais rude e impulsivo, logo perguntou a Jesus – Mestre, que vem a ser isso? Jesus respondeu com emoção:
Amados, está muito próximo o nosso último instante de trabalho em conjunto e quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor, feitas desde o primeiro dia do apostolado. Este pão significa o banquete do Evangelho; este vinho é o sinal do espírito renovador dos meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado idealismo do Amor, com que operaremos no mundo até o último dia. Todos os que partilharem conosco, através do tempo, desse pão eterno e desse vinho sagrado da alma, terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus, que representa o objetivo santo dos nossos destinos.
Este simbolismo do Pão e do Vinho perdura através dos séculos, mesmo que a compreensão de muitos seja ainda a representação mais próxima do corpo e do sangue físicos de Jesus.
Foi boa a intervenção de Pedro pedindo explicações ao Mestre, pois senão essa dúvida seria muito mais profunda até os dias de hoje.
O corpo que o Mestre nos oferece na forma do Pão, é o corpo do Evangelho onde estão escritas as suas lições, onde devemos alimentar nossa alma diariamente com o exemplo de Sua vida dedicada ao Amor.
O sangue que o Mestre nos oferece na forma do Vinho, é o espírito renovador que está presente na essência dos ensinamentos. Cada vez que eu pratico as lições do Evangelho, procurando a pureza dos sentimentos e longe da hipocrisia, fortaleço o meu espírito com a essência divina e me aproximo do Criador.
Também não é necessário ou imprescindível todo o ritual das igrejas para a absorção do corpo e do sangue do Cristo como forma de apagar os pecados e garantir uma vaga no Céu, pois o mais importante, a purificação do espírito pode não estar acontecendo.
O mais importante é que reconheçamos a importância do Evangelho, das lições que o Cristo deixou e que podemos acessar por diversas fontes, estar disposto a praticar com empenho e dedicação, burilar o nosso coração, fazer a reforma íntima. Dessa forma estaremos nos alimentado do Pão e do Vinho que o Mestre tão solicitamente veio nos ofertar.