Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/07/2017 01h12
ENTREVISTA COM O INIMIGO

            No livro “A Quadrilha”, de Ângelo Inácio/Robson Pinheiro, no segundo capítulo tem uma interessante entrevista que irei reproduzir de forma adaptada para este trabalho que busca a Verdade, tanto dentro quanto fora da gente, tanto na dimensão espiritual quanto na material. O médium Raul, vai desdobrado ao mundo espiritual e lá sugere aos seus mentores que seja feita uma entrevista com um dos integrantes das sombras, um espírito que tenha conhecimento das estratégias das forças do mal. Foi convocada uma guardiã que trabalha como médium no mundo astral (fato que eu não conhecia), e foi trazido por dois outros guardiões, um espírito trevoso, magnetizado, que não tinha noção do processo ao qual era submetido. O ente trevoso não era capaz de ver nem de perceber os guardiões pelos próprios sentidos, pois estava em estágio mental vibratoriamente diferente dos deles. Foi nessa condição que ele deu a entrevista.

            Raul – Quem é você no esquema do poder nas regiões sombrias e o que representa no tocante ao projeto político entre os homens, nossos irmãos no plano físico?

            Espírito Magnetizado – Irmãos? Talvez sejam irmãos seus, pois são idiotas o suficiente para acreditar num futuro para o seu mundo e na proposta do seu diretor, o Cordeiro (Jesus Cristo). Quanto a mim, pode-se dizer que aqui, entre os donos do poder, os que vocês chamam de ditadores, eu sou uma voz – ou a voz. Sou intérprete dos que dominam; falo por todos eles. Represento um esquema de poder que abrange desde as regiões próximas à América Latina até certas paragens do Oriente Médio. Para os que estão encarnados, para os que dizem fazer política, eu sou um sinal. Isso mesmo: um sinal de que eles, nossos comparsas no mundo político, não trabalham nem agem sozinhos. Aproveitamos as características de cada um, de seu conluio, de seu grupo, que na prática se reúne por causa das fraquezas morais comuns a suas almas corruptíveis: vaidade, orgulho, desejo de poder. Baseamo-nos nessas características dos homens encarnados para transformá-los em nossas marionetes. Nós os dirigimos, nós os conduzimos em cada pensamento e cada atitude. Não há cidadãos entre eles, políticos e mesmo religiosos – pois também os dominamos largamente -, que não tenha lá a sua inclinação à corrupção e ao crime, que não seja manipulável ou não se venda. Já fizemos inúmeros contratos entre os humanos. Vendem-se por bem pouco. Basta um momento de glória ou prazer, basta-lhes a ilusão de que estão seguindo os próprios desígnios. Entre políticos e religiosos, trata-se de uma prática muito mais comum do que se imagina. Na verdade, são eles os seres humanos encarnados, que nos pedem, que desejam, de alguma maneira, projeção, poder e sucesso, fama das mais reles, ilusões emocionais e sexuais em troca de alguma coisa, de qualquer coisa que lhes peçamos. Contudo, pedimos muito pouco, na verdade. Apenas que incluam nossas ideias em meio dos seus discursos. Claro, uma vez convertidos em nossos intérpretes, sabemos que não mais seguirão os projetos de seus mentores. Uma vez estabelecida a aliança mental e emocional conosco, desviam-se da finalidade de suas encarnações, segundo a perspectiva de vocês. Passo a passo, enfraquecemos os verdadeiros defensores do Cordeiro, em diversos setores da vida humana. É patético!... E é deslumbrante! Deixam de cumprir o compromisso que lhes cabia, e o trabalho esmorece, do seu lado, já que é preciso tempo até que seus mentores consigam retomar o caminho interrompido.

            R – E você nunca pensou nas pessoas necessitadas de socorro, nos milhares que tem sido enganados e prejudicados por vocês, por sua política e seus fantoches encarnados no mundo?

            EM – Pobres coitadinhos esses necessitados!... E por acaso os que se dizem bons são realmente preocupados com esses miseráveis que vocês dizem pobres? Porventura acredita que, se eu ou um dos nossos pararmos de atuar por meio dos nossos agentes, a quem você chama de fantoches, eles passarão a se preocupar com essa gente dita necessitada? Mesmo deixados a sós, a maioria dos políticos e dos religiosos jamais se afligiria ou se afligirá com quem sofre. A maior parte deles está, na verdade, preocupada consigo; quer granjear e manter poder, garantir a subjugação das consciências, ganhar dinheiro – se bem que, para muitos, o poder pelo poder é muito mais valioso do que o dinheiro. Pobres são entes invisíveis para homens que intentam dominar. Governantes nunca olham de verdade pelos miseráveis; estes não passam de instrumentos para que alcancem seus objetivos. Religiosos, de outro lado, necessitam, pobrezinhos, deles para lustrar o próprio ego à medida que lhes oferecem migalhas; em seguida, gabam-se do êxito em converter e convencer os desgraçados a lhes seguirem os passos e as mentiras. Note que trabalhamos com os recursos que nos oferecem: questões íntimas como orgulho, egoísmo, vaidade, desculpismo e desejo de sucesso fácil e a qualquer preço. Por sua vez, os que se colocam como necessitados habituaram-se a viver com migalhas. Puseram-se na vida como derrotados e, por não quererem lutar, trabalhar e crescer, pois isso exige esforço, desejam tudo de graça; cada vez reivindicam mais e se dedicam menos ao trabalho, que os tiraria da dependência excessiva para com os poderosos. Tornam-se juvenis ou, na verdade, perpetuam-se na maturidade; para que acreditem em qualquer discurso, basta lhes dar alguma migalha enquanto lhes falamos de direitos e lhes acentuamos a sede por vantagens e benefícios. Instigando-os a pensar que estão engajados numa jornada em prol de causas nobres, numa luta digna a fim de obter “conquistas sociais” para os pobres e oprimidos – riu-se o espírito. – No fundo, porém, almejam tão somente estar sob os cuidados de algum responsável, como eternos adolescentes mimados que são; querem mesmo é ficar à sombra dos que comandam, desde que tenham certas regalias asseguradas. Se por um lado há os que se comprazem em dominar, existem, também, os que gostam de ser dominados. Muitos se envergonham da própria subserviência e da inapetência para a vida adulta, portanto, camuflam esses traços sob o manto da rebeldia, que confundem com a liberdade. São adolescentes, já disse! Independência, para eles, é arcar com o mínimo de obrigações; caso suspeitem, em dado momento, que as benesses estejam sob ameaça, agem como massa de manobra que são, mas se julgando plenamente autônomos. Contentam-se com mesadas e misérias; passam sua vida patética iludindo a si mesmos e projetam a culpa de tudo o que lhes sucede nos poderosos, em torno de quem gravitam naturalmente – até porque os rege um sentimento central contra os adultos maduros: a inveja. Comportam-se como o adolescente invejoso do que os pais conquistaram, mas incapaz de encontrar em si forças para abandonar o abrigo que lhes proporcionam. Reclamam, assim, com ingratidão e petulância, mais e mais vantagens dos provedores que adotaram livremente, embora só avancem com sua estridência até onde os comandantes permitam. Repito: é a subserviência travestida de coragem e independência. Esse é o teatro encenado por ambas as partes. / Note que responder ao problema da miséria, da dependência dos humanos encarnados para com os poderosos que elegeram não será tarefa fácil, nem mesmo rápida; talvez, nunca consigam. Mesmo que houvesse vontade política – o que não há -, fosse da sociedade, fosse de governantes, não seria nada fácil solucionar o dilema social do mundo, da miséria, da pobreza. Para lidar com o que são francamente incapazes de resolver, tantos políticos quanto quem apregoa teorias religiosas diversas, propalando ideias como libertação espiritual e dignidade social, comumente recorrem a explicações que satisfazem ao comodismo e à necessidade de buscar justificativas, muito mais do que a soluções. Até bem pouco tempo, apontava-se o êxodo rural como a causa dos males da sociedade; hoje vê-se a concentração excessiva de pessoas pobres, “vítimas sociais”, em antros urbanos, em comunidade que se alastram cada vez mais. Ora, se houvessem decidido abordar a questão quando ela surgiu no Brasil, por exemplo, lá pelos idos de 1950, talvez tivessem obtido algum êxito. Mas hoje? Não existe vontade política, tampouco condições reais de enfrentar o problema, nem se quisessem. Assim sendo, os poderosos apenas lançam mão dessa máquina de miséria presente na sociedade com o intuito de se manter no poder e de perpetuar seu domínio. / A fim de que consigamos manter aceso o idealismo de uma filosofia política sob nossa orientação, convocamos psicólogos e outros espíritos com habilidade em hipnose social e coletiva para manipulação de massas e introduzimos certos conceitos na opinião pública que deformam ou então maquiam o problema verdadeiro. Num desses exercícios, semeamos a noção de que é charmoso viver nos morros, nas favelas; em alguma medida, que é até romântico. Em outros casos, alimentamos a ideia do glamour de se viver nas “comunidades”. Ah! Como os homens adoram termos novos para velhos conceitos. De pouco em pouco, em vez de transformar a realidade do povo, da sociedade, simplesmente modificamos a opinião reinante, instigando uma cultura de que tudo é preconceito, de que é ótimo ser medíocre e acomodado, a fim de perpetuar uma fantasia romântica que vem ao encontro dos nossos objetivos. / Isto é fazer política: ser capaz de mudar o foco da opinião pública sobre determinado problema e convertê-lo em algo glamoroso, em uma coisa boa, moderna e menos chocante. Além do mais, é um excelente teste para avaliarmos até onde conseguimos ir promovendo a inversão de valores por meio de pensamentos insuflados no debate público.

            R – Caso você decidisse ajudar a resolver os desafios humanos ligados à política, usando seus agentes encarnados para auxiliar a humanidade, o que você faria? Que proposta apresentaria com o intuito de aprimorar a sociedade?

            EM – Ajudar os humanos encarnados? Acha que um dia pretenderemos isso? Pensa que exista algum jeito de ajudar quem não se ajuda? Essa gente acredita em tudo o que os políticos e os religiosos lhe dizem! A memória histórica é falha, curtíssima e desvalorizada; de acordo com as promessas e com os benefícios que ganharão, segundo creem os encarnados, rapidamente abstraem do passado das pessoas que eles próprios elegem para os dirigirem. Acha realmente que há como auxiliar essa gente? Nenhuma medida externa poderá curar sua estupidez.

            R – Mas, se você pudesse, quisesse ou tivesse um olhar diferente sobre a situação do mundo, como abordaria os problemas de ordem tanto política quanto social? Já pensou nisso, por acaso?

            EM – Não existe solução para o país nem para o mundo, rapaz! Considere os problemas, os impasses, ou seja lá como os chame, que se relacionam à manipulação de ideias, à política atual ou aos graves desafios que vocês enfrentam no contexto social e espiritual, tanto no plano doméstico quanto no internacional. São insolúveis! Veja o exemplo que eu mencionava: como encarar o grande número de focos de instabilidade social, espiritual e moral ao se verem as favelas nas grandes cidades do seu país? O emaranhado de dilemas e desafios sociais, educacionais e espirituais jamais será resolvido sem uma injeção de bilhões da moeda mais valiosa do seu mundo. Mesmo assim, como conheço os governantes – eles próprios, quero dizer, sem nossa ajuda, agindo sobre seu psiquismo -, sei que jamais investiriam qualquer soma sem molharem as próprias mãos, sem tirarem algum proveito. Mesmo que o fizessem, teria de haver vontade política, o que não há. Para isto, seria preciso um homem de mão forte e incorruptível, que pudesse arregimentar forças, unir opostos, reunir outros de igual índole. / Talvez, antes de atacarem o quadro social, os problemas de segurança, de alimentação e de manutenção da saúde pública, talvez fosse preciso reformular um setor que está na base mesma dos conflitos vividos pelos encarnados: a educação. Não adianta os dirigentes humanos dispensarem fortunas buscando amenizar a pobreza e outros desafios sem investir na educação. De que adianta dar moradia e saúde, por exemplo, sem educar as pessoas para viverem de forma coerente com o que desejam de melhor para elas?

            R – Mas como fazer isso? Será mesmo apenas uma questão de dinheiro, de investimento? Não cabe à família esse tipo de educação de que fala?

            EM – Saúde para que se as pessoas vivem em franco desrespeito consigo mesmas? Não valorizam a própria vida, nem a dos filhos; não preservam o próprio corpo, pois não se importam com a harmonia do maior instrumento que lhe foi dado para atuar no mundo... / Dão comida da mais baixa qualidade e, muitas vezes, nociva aos próprios filhos. Se agem assim com a prole, que dizer, então, sobre si mesmos? E quanto aos venenos, aos tóxicos que consomem diariamente, incluindo os considerados aceitáveis pela sociedade de encarnados? A maioria dos homens, “seus irmãos” é viciada; quando não em drogas mais letais, em medicamentos, em alimentos que tendem a diminuir sua qualidade de vida e prejudica-los. Portanto, antes de investir em saúde, embora ninguém assim fará, seria melhor educar as pessoas para viverem em harmonia com o corpo, com o meio ambiente e consigo. De tal sorte as pessoas estão viciadas que pouco adiantaria investir em medicina, moradia, e trabalho; não sabem conviver em sociedade e não tem o mínimo de postura diante da própria vida. Repare que o povo não sabe conservar minimamente o ambiente onde vive. Poluem, com lixo mental, a casa, a rua e o próprio visual, até a intimidade. Isso se dá sem nossa ajuda. / Quando nos aproximamos das pessoas, apenas acentuamos aquilo que já existe dentro delas, a começar pela falta de visão da vida e de educação para viver em sociedade. Nunca obrigamos ninguém a fazer aquilo que já não quer, ao menos em certa medida. Apenas proporcionamos a oportunidade que tanto pedem. De resto, na grande maioria das vezes, são as pessoas que causam o próprio desastre. Tanto os cidadãos comuns quanto os líderes em qualquer contexto, seja na política, na religião, no poder econômico. / Já que me perguntou, digo com total convicção: seu povo não tem jeito! Por isso, trabalhamos para adiar cada vez mais a resolução de dificuldades no mundo, pois sabemos, com a máxima certeza, que a chamada Divina Providência atuará em breve, como fez na Atlântida e com determinados povos do passado. Somente ao erradicar esse povo do planeta, reiniciando do zero todo o organismo social, como uma nova sociedade, é que se poderá ter alguma esperança. Pelo que conheço da alma humana, sem um recomeço total, geral, nunca o homem terrestre desenvolverá, no ritmo atual, um nível de consciência suficiente para modificar o panorama social ou político de onde quer que seja.

            R – Então, segundo seu ponto de vista, não existe solução?

            EM – Como seria isso? Somente se houvesse uma organização exemplar e um líder que, além de carismático, pudesse reunir condições morais suficientes – e não me refiro a nenhum santo – para impor a ordem; talvez, até uma espécie de ditador, de modo a obrigar os demais a realizarem essa reforma geral, que seria uma espécie de revolução em todos os âmbitos da sociedade de encarnados. / A burocracia criada para impedir o progresso é um monstro que engole qualquer iniciativa de ajuda à sociedade. Note o exemplo de quem deveria ser considerado mais honroso, ético e imparcial possível, como os integrantes das altas cortes do país. Todos, sem exceção, têm comprometimentos. Os homens de toga preta são nossos; venderam-se e, em breve, agirão sem pudor, em favor de si próprios, a fim de barrar a justiça, com receio de que seus podres venham à tona. / Em todos os países é assim, não somente no seu. Que dizer dos parlamentares? Se não estivessem comprometidos, por que se calariam ou demorariam tanto a tomar providências para barrar o mal e deter nossos agentes infiltrados no meio político? / Para mim está claro que esse homem ilibado, honroso e ético, esse líder necessário para romper com a cristalização do mal não existe. Se existisse, estaria sufocado pelos que não desejam que venham à tona as próprias vulnerabilidades; teria de enfrentar a força, o histórico e a realidade dos maus, que dissimulam e querem ganhar a qualquer custo, desde aqueles que apenas maquiam a realidade até os que agem deliberadamente, mesmo sem nossa influência, com o objetivo de manter a situação atual. / Entre os ladrões encastelados no Legislativo e nos demais poderes constituídos de sua moderna república, incluindo empresários e os mais ricos da sociedade, e, de outro lado, os que formam bandos e gangues que dominam os morros e nas praças do tráfico de modo geral, temos ainda mais acesso aos primeiros. Isso porque, apesar de tudo, bandidos comuns se mostram mais sensíveis aos apelos dos tais benfeitores do que os homens atrelados ao poder e ao dinheiro, sobretudo os que dissimulam o tempo inteiro. Além do mais, considere a impunidade dos representantes oficiais do povo, a qual ocasiona que tantos outros se espelhem neles, de alguma maneira, e continuem a roda viva de crimes e corrupção. Não basta investir na educação e promover melhores condições de vida, higiene, saúde e bem-estar sem que sejam punidos os artífices do desequilíbrio, que impedem as coisas de darem certo: corruptos, corruptores e ladrões. / Note que seria preciso fazer uma revolução geral, mas isso jamais se dará em período inferior a milhares de anos. Por isso, os que representam a justiça divina se veem compelidos a realizar periodicamente um recomeço, uma limpeza geral, intensa, profunda, valendo-se da própria natureza, que, no momento certo, revolta-se contra o homem. Esses recomeços são recorrentes na história da civilização humana, e este tempo em que vivem os encarnados é propício para outro evento do gênero, pois o homem corrompeu não somente a si mesmo, mas também comprometeu o sistema do mundo onde habita. / Nós e nossa organização não ignoramos que em breve haverá um recomeço para todos, inclusive para nós, o que afetará largamente os encarnados e desencarnados ligados ao sistema de vida da Terra. Não há outra saída a não ser recomeçar; temos consciência disso. Entretanto, uma vez que, nessa ocasião, não será dado a nós permanecer deste mundo, pois nossa trajetória terá início em outros orbes ignorados, empreendemos os esforços que estão a nosso alcance a fim de retardar o progresso de conscientização dos homens. Isto é, empenhamo-nos ao máximo para postergar o momento de limpeza geral, pois sabemos que seremos banidos – e o pior: não sabemos para onde. Portanto, enquanto pudermos perpetuar nosso poder, dominaremos por um tempo indefinido, lançando mão das paixões humanas. Quem sabe, partiremos todos, nós e os homens deste planeta, para outros lugares no cosmo... Lá os dominaremos de maneira absoluta, pois já saberemos como manipulá-los com maestria. Como pode ver, o erguimento de nosso império, nosso reino, começa aqui. / Até os bons são nossos aliados, pois nos defendem, defendem nossa política e nossos comparsas, acreditando piamente que lutam por algo melhor para o mundo. A ilusão que causamos ante os olhos dos que dizem bons é tão eficaz que eles brigam entre si, quase se destroem em nome da nossa política, à qual aderem sem sequer se darem o luxo de examinar com mais atenção e prudência. Portanto, não há mais conserto, nem mesmo a se considerar a atuação dos que se dizem bons. Eles estão hipnotizados e assim continuarão, pois não aceitam ser questionados; nem ao menos cogitam a possibilidade de estar equivocados, a não ser da boca para fora. Esse é o nosso maior trunfo para nos mantermos no poder e assegurarmos a posição de quem é nosso agente entre os encarnados.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/07/2017 às 01h12