Todo pensamento produz uma reação em sentido igual, em intensidade, força e qualidade ao pensamento gerador. Toda emoção dá força ao pensamento criador e lhe confere cor, textura, cheiro e vida, na medida exata da emoção cultivada. Nossas crenças determinam nossa sombra e nossa luz.
Se você quiser saber a natureza do espírito que está ao seu lado, basta saber o tipo de pensamento, de emoção que está passando em você. Não importa quem você imagina que seja seu mentor, veja os seus pensamentos, como você pensa no dia a dia. É afinidade, afins atraem afins. Então, a natureza dos seus pensamentos, emoções, pesquisa, determina a natureza da sua companhia espiritual.
Essa é uma das leis do mentalismo que irá ser estudada mais adiante. Todo pensamento, fora da matéria, gera uma reação em sentido igual, em intensidade, força e qualidade. Por isso, ao pensar mal sobre alguém, eu não tenho como evitar que isso atinja a pessoa, ela não tem, mas eu tenho como mandar imediatamente outro pensamento, mais forte ainda, mais intenso, de bondade, e que possa sobrepujar aquilo que eu fiz. Não tem como apagar, mas eu tenho como enviar outro pensamento bondoso. Uma vez lá na Editora Casa dos Espíritos, com a gerente nossa, que fez uma coisa que nos prejudicou muito, não foi por vontade própria, não foi deliberado, foi burrice. Imagine, eu falo que existe burrice progressiva, assim como existe aquela escova progressiva que as mulheres usam, e por isso houve um prejuízo muito grande. Então fiquei com muita raiva, e desejei algo para ela e imediatamente o Ângelo Inácio aparece e diz assim: “Robson, cuidado com seu pensamento, você é péssimo para fazer o bem, mas é ótimo para fazer o mal. Cuidado!” Eu liguei na hora pra ela e disse: faz uma prece, pois eu fiz isso e isso pra você, com raiva de você, e isso vai te atingir. Faz uma prece, te protege que eu não vou fazer pra você não, faça aí que foi intenso o negócio. Mas não deu outra, ela chegou em casa, foi um caos na família, quase houve morte, eu abri uma brecha pra ela... por isso, Ângelo Inácio falou, “eu disse, para fazer o bem você não vale nada, mas para fazer o mal você é ótimo!” Então, cuidado com isso, com pensamento gerador. Foi uma coisa que eu não esqueci jamais. Então, depois ela veio e perguntou como deveria fazer. Eu disse para dar um passe, mas que eu não iria dar o passe, senão ela morreria, mas que iria arranjar alguém para dar o passe e liberar essa energia, eu vou falar pra pessoa o tipo de energia e ela vai saber como fazer. E fez, liberamos tudo, trabalhamos bem, rindo, e até hoje é tranquilo.
Mas eu estou contando a força do pensamento. O pensamento que eu tenho irá irradiar e o que dá força ao pensamento é a emoção que eu gerei naquele momento. Esse é um dos princípios da lei do mentalismo. Por exemplo, quando um feiticeiro vai fazer um ebó, uma pajelança, um despacho, sob encomenda de alguém, para determinada pessoa que ele não conhece... Olhe só, alguém me encomenda para fazer uma coisa má, para outra pessoa que eu não conheço, então ela pede para a pessoa pensar com todo o ódio no coração naquilo que você quer, as retire isso de suas emoções, de você. E o próprio feiticeiro vê na sua memória algo que lhe deu muito ódio, muita raiva, junta os dois e coloca no pensamento aquilo ali e dispara o que chamamos de condensador energético que vai direto ao alvo. Se a pessoa não estiver preparada a energia é contagiante e imediata. Mas se a pessoa estiver preparada, existem certos respaldos que ela pode fazer, respaldada tanto nos benfeitores, mas principalmente da atitudes de auto defesa psíquica e energética que podem dissolver tudo isso. Mas é a emoção que vai dar mais força. Portanto, se eu desencarno com a emoção mal resolvida, mesmo pensando que é divino, que deu passes, cestas básicas, mas a emoção não está boa, eu gero o umbral perto de mim. Exemplo disso, leia o livro “Voltei” do irmão Jacob. O Irmão Jacob, ex-presidente da Federação espírita brasileira, chamado Frederico Figner, pai de Marta Figner, grande médium de materialização. Ele construiu várias creches, ajudou a obras sociais incríveis, ajudou a Federação Espírita Brasileira, e dirigiu de tal maneira, que esqueceu a própria família, a esposa, para se dedicar ao trabalho do Bem. Mas emocionalmente ele sentia-se culpado por estar deixando a família, estava mal resolvido isso dentro dele. Mas eram as crenças dele, que ele tinha que fazer algo para a humanidade. Desencarna e vai para uma situação muito complicada, difícil, complexa no mais alto nível. A Marta quando desencarna, tem uma luz envolvendo, ele olha para dentro dele e ver uma penumbra. E os espíritos falam com ele, “você não veio aqui para resolver o problema dos outros, você veio à Terra para si resolver. E aí, você ficou o tempo inteiro pensando no outro, não se resolveu. A culpa dele foi tanta que ele forjou o ambiente em torno dele. É lindíssimo o livro, “Voltei” do Irmão Jacob. Isso responde a segunda lei do mentalismo: toda emoção dar força ao pensamento criador. Mesmo que você pense assim: “ah, mas eu fui bonzinho, fiz isso, mas deixei minha família, ah, eu tive que deixar isso... a culpa gera essa situação constrangedora.
Você pode chegar do outro lado... lembro muito bem de um dos espíritos que nos auxiliava, logo no início do meu trabalho mediúnico, por volta de 1983. Eu estava tenso, o espírito Martinho Lutero vinha com frequência me auxiliar, até mesmo pelo meu passado evangélico, e ele se manifestava sempre para nos auxiliar. As vezes ele falava assim: “Robson, você terá três surpresas no céu”. Aí, eu falava assim: “o único céu que eu conheço é o Centro Espírita do Umbral”. Ele dizia: “Entenda céu como o lugar para onde você for, o melhor lugar para onde você for. Você chama de céu, outro de paraíso, outro de plano astral superior, plano mental, o melhor lugar que você consiga chegar, terá três surpresas. A primeira delas é você se encontrar lá, pois você se conhece, sabe como você é, e sendo assim como é, eu estou aqui neste lugar bom? A primeira surpresa é essa. Ou o contrário, de acordo com a sua crença, mas eu fiz tanto bem, tanta bondade, dei palestras, e estou aqui nessa região trevosa. Será que Deus não gosta de mim, cadê a misericórdia de Deus? A primeira surpresa, seja onde você estiver, é você se descobrir lá. Temos culpa demais por um lado, então se você vai para um lado bom, e você se surpreende, pois sabe que não é tão bonzinho assim. Nós sabemos os nossos erros, os pecados mais cabeludos, e aí depois você se ver num lugar bom, e diz que não merece, por que está aí? Porque não é merecimento, existe outra coisa que será estudado depois, noutro contexto. Pode ser ao contrário, eu trabalhei como médium, dediquei 40 anos da minha vida, psicografei, dei passes, dei sopa, e estou aqui neste umbral... você sabe que existe sete cidades no plano astral só de médiuns e espíritas mal resolvidos e em sofrimento? São os mais difíceis de lidar? Por causa das crenças cristalizadas deles? Então, primeira situação que você vai encontrar do outro lado: eu estou aqui.
A segunda surpresa, quem você achava que devia estar ali, não está. Seja do lado bom ou do lado mal. Ah, mas minha mãe foi uma pessoa maravilhosa, o meu pai, o meu filho adorado. Ou o contrário, vamos imaginar que você esteja no umbral e aquele vizinho miserável, ganancioso, aquele deputado, aquela infeliz de mulher que está derrubando tudo... não está. Por que é que eu estou? Eu sempre fiz o bem e eles fizeram tantas desgraças...
A terceira surpresa, quem você achava que não devia estar, vai estar ali com você. Estou no céu, estou no paraíso, no Nosso Lar, na Aruanda... aquele médium, aquela pessoa maravilhosa, devia estar aqui comigo... não! Não está, não se conhece ele. Mas ele não fez tanto bem? –Não conhecemos ele! Ou então você está lá nas trevas, quem você achava que não devia estar lá, pois era tão bom, e como está aqui desse jeito. Você só conhecia a parte que a pessoa lhe dava para conhecer. Eu tenho muito exemplo disso quando recebo a psicografia, uma vez por mês a gente faz um trabalho de cartas consoladoras, psicografias dos parentes das pessoas que estão ali presentes. As mães chegam perto de mim e dizem, “Ah, o meu filho era uma pessoa boa demais, e ele perto de mim falando assim: -Eu não era isso não, isso era só o que eu deixava ela saber. Eu fazia isso e isso, e isso... se ela soubesse disso tudo... Então eu dizia, então engana na carta, não fala do jeito que você é não, pois sua mãe cai dura ali, não fala nem a metade do que você me falou... Aí o espirito escreve assim: “Mãezinha do coração, eu estou aqui auxiliado por um bom espírito, não posso te dizer muitas coisas porque tenho dificuldades com a mediunidade. É mentira! É para enganar a mãe mesmo depois de morto, pois se ele contasse o que ele fazia, e a situação real, ela cairia dura ali. Porque ela só conhecia do filho, o que o filho deixava. Minha mãe querida, eu estou tendo ainda reações comuns ao corpo físico, dor, sofrimento, tesão; ele não está no plano espiritual, ele está no intermediário, entre uma zona umbralinas e outra. Ai ele fala que está ainda com as mesmas reações que tinha quando no corpo físico. Como médium a gente entende, não vai explicar pra pessoa, pois ela vai desmaiar ali por saber a realidade. Ou seja, o pensamento que a gente tem das pessoas, não é o que elas são. Quer viver bem com um médium? Leva ele para dentro de sua casa uma semana. Nunca mais você vai querer! Nós os médiuns somos as pessoas mais compromissadas, complexas... eu costumo dizer que eu moro sozinho, vivo sozinho, não é nem por opção, isso é Deus preservando as pessoas de mim. Deus está preservando o mundo de mim, pois se alguém ficasse perto de mim, não sei quem destruiria quem. Nós não nos conhecemos nem as pessoas com as quais lidamos. Conhecemos apenas a máscara, a persona, a aparência apenas.