Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
25/09/2017 00h22
PILATOS, CORNÉLIO, LINO... E JESUS

            Na leitura do livro “A Ressurreição de Cristo”, do escritor Og Mandino, encontrei uma relação interessante com esses personagens: Pilatos, Cornélio, Lino e Jesus.

            O relato que Og Mandino faz na relação desses quatro personagens não coincide totalmente com um texto feito em 06-05-17 neste diário, mas, mesmo assim é interessante colocar esta versão, que parece ser mais afastada da verdade que a primeira.

            Og Mandino se refere a uma investigação feita por um escritor contemporâneo que tem o favorecimento de voltar no tempo e investigar 6 anos após a crucificação de Jesus, as diversas testemunhas que conviveram com Jesus e que pode confirmar ou não a verdade da ressurreição.

            Na entrevista que ele faz a Pilatos, percebe que o governador da Judéia foi enganado pelos sacerdotes do Templo, principalmente Caifás, envolvendo-o como responsável pela crucificação do Cristo.

            Inicialmente foi feito um acordo prévio entre Pilatos e Caifás, a interesse do sacerdote, para a prisão e condenação a morte por apedrejamento de Jesus. Feito o julgamento no Sinédrio, e Caifás tendo “cavado” uma condenação de morte, sem obedecer as leis existentes sobre isso, o condenado é levado à presença de Pilatos, que teria o papel apenas de confirmar a sentença de morte e deixar o condenado seguir para o apedrejamento. Acontece que o sacerdote deixou o réu nas mãos de Pilatos para que esse fosse o juiz do caso e o responsável pela morte por crucificação. Apesar de Pilatos ter feito todo o possível para salvar Jesus da situação, por não perceber crimes em suas ações e por ter recebido um recado de sua esposa, Cláudia, quanto um sonho que ela teve e que dizia para ele não se envolver na morte daquele justo, Pilatos não conseguiu o seu intento, apesar de ter até libertado um conhecido criminoso, Barrabás, em sua última tentativa.

            Como Pilatos citou em sua entrevista o nome do centurião Cornélius como pessoa de sua confiança e que enviou-o ao Gólgota para confirmar a morte de Jesus, foi permitido que ele também entrasse no rol dos entrevistados.

            Cornélius confirma que foi a pedido de Pilatos até o Gólgota, confirmar a morte de Jesus, e que ao fazer isso, espetando o seu coração com uma lança, evitou que os ossos de suas pernas fossem quebrados, como era costume para acelerar a morte dos condenados. Ao ser indagado se ele conhecia Jesus antes desse dia, o Centurião informa que sim, que quando morava em Cafarnaum o seu auxiliar Lino adoecera e ele sabendo que Jesus podia curar os enfermos, o procurou. Foi bem recebido pelo Mestre que confirmou que iria até sua casa para proceder a cura. Mas o centurião disse que não precisaria ele ir e se contaminar na sua casa, como os judeus imaginavam que isso acontecia quando um rabino entrasse na casa de um gentio, principalmente soldado romano. Cornélius disse que como militar sabia da importância da hierarquia, e bastava uma palavra do Mestre que o seu servo seria salvo. Jesus ficou surpreendido com tamanha fé do centurião e disse que se fizesse naquele momento conforme a sua fé, que o seu servo estava curado.

            Foi com esse sentimento de gratidão que o Centurião foi naquele dia ao Gólgota e na tentativa de evitar a quebra dos ossos do seu benfeitor que ele espetou o seu coração já paralisado para confirmar a sua morte.

            Este relato difere do anterior já citado, mas a beleza dos dois permanece, a conotação é a mesma, e se nomes e circunstâncias são divergentes, a moral e o sentido espiritual permanecem. Tanto Longinus quanto Cornélius, agem com o Mestre de forma caridosa e gratificante, e ingressam nas lições que ele ensinava sobre o Caminho, a Verdade e a Vida, onde deixam o título orgulhoso de serem cidadãos romanos para a prioridade espiritual de serem cidadãos do Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/09/2017 às 00h22