Este ano completo 65 anos nesta data. Posso considerar que entrei definitivamente na Terceira Idade. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), é a fase da vida que começa aos 60 anos nos países em desenvolvimento e aos 65 anos nos países desenvolvidos.
A Constituição Federal Brasileira menciona a Terceira Idade com início aos 65 anos, enquanto o Código Penal Brasileiro refere a idade de 70 anos. Ambos são incoerentes com o limite de 60 anos que consta na Política Nacional do Idoso.
Mesmo que eu esteja inserido num país em desenvolvimento, considero a minha biologia e perspectiva de vida dentro de um país desenvolvido, e por esse motivo considero que agora é que entrei realmente na Terceira Idade.
Os geriatras, sob o ponto de vista biológico, divide as idades em: primeira idade (0 -20 anos); segunda idade (21 – 49 anos); terceira idade (50 – 77 anos); e quarta idade (78 – 105 anos).
Há ainda outra classificação que divide os idosos em 3 ramos: idoso jovem (66 – 74 anos); idoso velho (75 – 85); e manutenção pessoal (86 anos em diante).
O envelhecimento ocorre em diferentes dimensões como posso testemunhar com a minha vida: biológica, pela queda de hormônios e consequente queda da vitalidade; social, pelo engajamento em atividades acadêmicas e o reconhecimento em função disso; psicológica, pela aceitação da perda de vitalidade biológica e o fortalecimento do foco espiritual; econômica, representado pelos empregos conquistados e as diversas opções de renda que surgem; jurídica, principalmente pelo estado civil, tendo casado com duas mulheres hoje estou divorciado e sem pretensão de voltar a casar; política, pela opção de conquistar o poder de forma eleitoral, onde percebi que a forma de fazer política atualo não é coerente com o meu pensamento e sentido ético, tendo feito eu me afasta da política partidária, entrar na política do Evangelho e agora ter me filiado mais uma vez a um partido político, mas agora com um objetivo mais perto do Divino.
Hoje fiz uma reunião com todos meus cinco filhos e abordei com eles o sentido da vida, da progressão da idade e da consolidação dos motivos paradigmáticos e éticos que nos norteiam. Cada um também teve a oportunidade de se manifestar e dizerem o pensam e sentem nessa relação com um pai tão diferente dos demais, que não chegou a viver com nenhum deles por todo o tempo que eles necessitavam da sua presença, e ele sempre se envolvia com outras atividades deixando apenas as mães com o maior nível de responsabilidade. Notei que todos demonstraram uma réstia de sofrimento por essa condição, mas que todos também apresentaram algum nível de compreensão que evita a marca da mágoa ou ressentimento em seus caráteres.
Combinei com todos a criação de um grupo no whatsapp denominado “Pais e Filhos” para que possamos manter nossa sintonia ao longo do tempo, sem que a distância ou outras ocupações atrapalhem a nossa harmonia e solidariedade mútua.