A Associação Cristão de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM) procura desenvolver em suas ações o cristianismo que se observava nos primeiros momentos de sua criação, chamado hoje de Cristianismo Primitivo. Dessa forma, a coletividade deve se caracterizar não somente pelo debate intelectual, mas dos trabalhos e obras assistenciais, como fazia Pedro e demais confrades na Casa do Caminho. Tentamos fazer da Escola Estadual Olda Marinha a base para esses trabalhos, mas devido a falta de apoio dos funcionários o projeto não progrediu.
A Igreja Primitiva se caracterizava pelas obras de assistência, os irmãos amavam-se na fé segundo os padrões do Senhor, e eram experimentados pela dor. Em toda a parte, a organização evangélica orava para servir e dar, em vez de orar para ser servida e receber.
Os cristãos eram conhecidos pela capacidade de sacrifício pessoal, a bem de todos, pela vontade, pela humildade sincera, pela cooperação fraternal e pela diligência que empregavam no aperfeiçoamento de sim mesmo.
Amavam-se reciprocamente, estendendo os raios de sua abnegação afetiva por todos os núcleos da luta humana, jamais traindo a vocação de ajudar sem recompensa, ainda mesmo diante dos mais renitentes algozes.
Em vez de fomentarem discórdia e revolta, entre os companheiros jungidos à carga da escravidão, honravam no trabalho digno a melhor maneira de amparar-lhes a libertação.
Sabiam apagar os pruridos do egoísmo para abrigarem, sob o próprio teto, os remanescentes das perseguições.
Inflamados de fé na imortalidade da alma, não receavam a morte. Os companheiros martirizados partiam como soldados de Jesus, cujas famílias, na retaguarda, lhes cabia proteger e educar.
Assim é que as comunidades podiam guardar sob as suas custódias de amor centenas de velhos, enfermos, mutilados, mulheres jovens e crianças. A Igreja era, pois, acima de tudo, uma escola de fé e solidariedade, irradiando-se em variados serviços assistenciais.
O culto reunia os adeptos para a prece em comum e para a extensão das práticas apostólicas, mas os lares de fraternidade multiplicavam-se como impositivo da obra espiritual em construção.
Muitas organizações domésticas tomavam a si a guarda de órfãos e o cuidado para com os doentes; todavia, ainda assim, o número de necessitados era, invariavelmente, muito grande.
Dos dias de ontem para hoje, as condições sociais melhoram, apesar de haver muita miséria e necessitados. Mas já observamos diversas instituições públicas e privadas para assistência a jovens, idosos e doentes.
O Cristianismo Primitivo hoje deve ter uma nova perspectiva, de criar o reino de Deus dentro da comunidade, já que muitos já estão cultivando dentro dos seus corações.