Pai, hoje venho até Vós a pedir algo estranho para mim, mas que deves entender muito mais do que eu fico confuso dentro dele. É o mar de mentiras, Pai, que parece navegar minha nau de Verdade, tão pequenina. Sei que só posso atingir o porto dos Teus braços se estiver navegando com a Verdade, mas esse mar de mentiras tende a desviar minha bússola comportamental e entrar em desvios perigosos.
Sei que tenho a intuição que está associada à essência divina com a qual me criastes, que é muito superior aos princípios racionais que sujeitos ou subordinados à falsos anátemas tentam induzir à massa humana como disparada de uma manada.
Em qualquer campo do conhecimento humano podemos observar a falsidade vestida como verdade, usufruindo benefícios a quem a gera, seja conscientes ou inconscientes... seja nas academias, tribunais, templos religiosos...
Este é o problema, meu Pai, este mar de mentiras e de interesses egoístas é tão amplo que parece engolir os pequenos barcos de Verdade que querem se dirigir a Ti, como sabes que eu desejo tal finalidade.
Portanto, o meu pedido de hoje, Pai, se torna mais como um reforço daquilo que tanto peço, sabedoria para reconhecer a verdade pelos meios racionais e principalmente intuitivos, quando a minha racionalidade não conseguir ultrapassar a barreira das mentiras que possam se interpor no meu caminho.
São tantos, Pai, os caminhos que eu trilho como Verdade reconhecida por minha consciência, e no entanto sofro tantas críticas ao meu redor, de pessoas próximas e distantes, de parentes e aderentes, de confrades e compadres...
Estarei certo meu Pai? Meu barco é de Verdade quando eu considero o Amor que emana de vós e que procuro absorver, e que entendo que devo distribui-lo ao meu redor de forma inclusiva, que possa abranger a todos, usando todos os recursos para levar ao próximo o crescimento pessoal, dignidade humana e evolução espiritual, mesmo que isso implique em relações as mais íntimas possíveis?
Estou certo, meu Pai, ao considerar cada pessoa meu irmão, meu pai ou meu filho, de acordo com a idade, independente de sexo, raça ou quaisquer outras características sociais, e a eles fazer o que eu gostaria que fizessem comigo? Que a trilha evolutiva do meu espírito que é eterno, depende de inúmeras experiências na carne para que eu aprenda a controlar os impulsos egoístas e dessa forma ter condições de me aproximar cada vez mais de Ti?
Essas e tantas outras dúvidas que deves perceber ao sondar a minha mente e meu coração, Pai, que considero como o meu barco de Verdade... serão verdades?
Mas a minha consciência não me acusa, apesar da razão colocar dúvidas... mas se é na consciência que está a Vossa lei, então devo ficar mais tranquilo, não é isso mesmo, meu Pai?