Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/11/2017 12h55
GENERAL GRAMOZA

            No contexto político que nos encontramos surgem muitas opiniões, todas cheias de emoções e muitas vezes de equívocos provocados pela ignorância ou más intenções. Uma das opiniões neste contexto do Brasil atual, é que precisamos de uma intervenção militar para livrar o país da ameaça comunista como aconteceu no passado. Existe uma forte oposição a essa condição e li no whatsapp o discurso do General Gramoza, que foi publicado para os que tem medo da intervenção militar refletirem... ou alguém que é contra... qual a solução alternativa? Irei colocar como encontrei, na íntegra, para os meus leitores também poderem fazer a reflexão:

            Discurso do General Gramoza

            Liberdade para que? Liberdade para quem?

            Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?

            Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?

            Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!

            Fala-se muito em liberdade! Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê!

            Mas, afinal, o que se vê? Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.

            Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “Bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.

            Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueio de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos à mão armada.

            Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros. Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.

            Mas, afinal, onde é que nós vivemos? Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói! Onde bandido de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças!

            Nessa terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. É aqui na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “roubauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia!

            Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silencia e da convivência pacífica do contraventor com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas científicas de anos, irrecuperáveis!

Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê? Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla? Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz? E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?

Quanta falsidade, quanta mentira, quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a autoestima e a própria dignidade?

Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?

Gramoza é general da reserva do Exército do Brasil, e este discurso dele provocou minhas reflexões... quando eu estava fazendo o curso de medicina, eu era simpático aos grupos que lutavam contra a “ditatura” que era apregoado, com os crimes que eram cometidos nos calabouços das investigações oficiais. Eu era marinheiro, fiz estudos no serviço militar e nas escolas de segundo grau. Consegui passar no vestibular de medicina e depois com ajuda do crédito educativo terminei o curso médico e passei a exercer a profissão. Nunca fui agredido pelo estado e nenhum dos meus familiares, pelo contrário, devo agora agradecer a ajuda recebida e sempre lembro com gratidão do Deputado Ney Lopes, autor do Crédito Educativo.

Agora, fazendo a reflexão do ontem com o hoje, vejo que estava um tanto equivocado na condenação que eu fazia do Regime Militar, pois aqueles mesmos fugitivos do regime, aqueles que matavam, assaltavam e sequestravam, foram os mesmos que assumiram o poder nos últimos anos e deixou o pais da forma que vemos e sentimos.   

Sei que devemos usar a consciência para exercer a liberdade de avaliar o certo e o errado, com a coragem de não ser conivente com a mentira quando essa chega à luz da verdade. A miséria deve ser combatida em todos os ângulos que ela se apresente, tanto nos grotões miseráveis das favelas e bocas-de-fumo, quanto nos palacetes, mansões e tribunas, que usam sem compaixão e criminosamente os recursos de uma nação que poderia ser útil, sem hipocrisia, aos miseráveis da falta de recursos, financeiros e cognitivos.

 

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/11/2017 às 12h55