Os 7 pecados capitais constituem uma boa referência de erros que devemos evitar. Cada pessoa, por seguir caminhos diferentes, mesmo que estejam todos indo em direção a Deus, pode seguir carregando com mais intensidade qualquer um desses pecados capitais. Podemos até fazer uma boa relação, por exemplo, com o time de futebol selecionado para representar o Brasil em dado momento. Encontrei na net uma representação nesse sentido, que deixava o técnico Parreira com a Avareza, Roberto Carlos com a Preguiça, Kaká com a inveja, Cafu com a Luxúria, Ronaldinho Gaúcho com a Soberba, Ronaldinho Fenômeno com a Gula, e os torcedores com a Ira.
Todos esses pecados, que são erros que carregamos em nossa trajetória de vida, são sutis, entram em nossa vida da forma que podemos cair em areia movediça, sem percebemos o perigo, até que estamos dentro dele e nos sentindo consumidos sem capacidade de sair sozinho do problema. Isso se torna a geratriz de muitos males, abre as portas do desequilíbrio e das enfermidades de difíceis cura.
Atitudes criminosas podem surgir com o caminhar dentro desses pecados, da ira principalmente, pois nos tornamos indisciplinados e isso consome o nosso pensar, em ver que estamos desviando do caminho correto; as obsessões com ideias infelizes se instalam; e a partir daí a cólera que observamos nos torcedores, nas arquibancadas, dentro do campo de futebol e até nas vias públicas, geram verdadeiras loucuras, com pancadaria e até morte.
O nosso pensamento deve estar frequentemente policiado pelas lições do Evangelho, pois quando isso não acontece, quando o pensamento fica desguarnecido dos limites evangélicos, geralmente prevalece os instintos animais que tornam os seres humanos, mesmo que seja jovens adolescentes, animais em busca de uma presa, que somos nós ou eles mesmo.
Lembremos da mensagem do Mestre para que possamos sintonizar melhor o nosso pensamento: “Porque onde estiver o vosso tesouro aí estará também o vosso coração”. O anseio mental naquilo que pensamos de forma deturpada e com maior destaque é o que se torna clausura que nos aprisiona. Temos que vigiar e renunciar aos atrativos desconcertantes como o sexo descontrolado e a pornografia; libertarmo-nos dos desejos inadequados, como o uso de drogas, por exemplo; ter desapego ao culto da personalidade, executar o nosso trabalho sem o objetivo da fama, da celebridade; ter independência de ação no bem operante, não ficar na dependência de quem quer que seja, na ação ou na opinião, para fazer o que deve ser feito; disciplinar a mente com o discernimento da vontade direcionada corretamente pelo livre arbítrio; e ter o sentido de abnegação ao serviço, se mostrando incorruptível ao devotamento do dever.
Existem as dificuldades atuais que estão ao nosso redor, desajustes de toda natureza. Mas a nossa luta é para a preservação da paz, mesmo que as atividades mercantilistas, necessárias à nossa sobrevivência biológica, com seus tormentos de remuneração, soldo, recompensas e pagamentos, façam pressão para sairmos do caminho reto. Temos que entrar e permanecer na esfera de ação cristã, gerando o nobre soldo do suor e ser recompensado pelo próprio ato de servir. É importante que tenhamos capacidade de esquecer as mágoas e queixas, deixar as velhas exigências pelas moedas, e espalhar o otimismo por onde estivermos.
Observemos os exemplos da Natureza: uma árvore frondosa ignora a sua procedência, se a semente foi jogada por um santo ou um pecador, se ela está numa colina ou num charco; uma borboleta colorida, que voa de flor em flor, não lembra que um dia rastejou no solo; uma fonte transparente que corre suas águas pelos bosques levando a vida, esquece do lodo que lhe serve de apoio.
Nós, mesmo vivendo nas sombras, somos nascidos da Luz e para ela devemos nos dirigir. Estamos fadados à felicidade plena avançando pela correnteza da evolução, com o pensamento sempre no porto de chegada. Para isso é necessário que nos desvencilhemos dos lodos que estão na nossa base corporal, que consigamos nos elevar, deixar de rastejar e passar a voar, independente da condição em que nos encontremos de acordo com a nossas escolhas certas e erradas.
Lembrar que a ignorância ainda muito forte em nosso psiquismo, é que isso é faz a investida do mal sobre nossas necessidades, muitas vezes confundidas na prioridade do material em detrimento do espiritual. Devemos manter a saúde do corpo e da mente, para que possamos seguir a lição do Mestre, de orar e vigiar, e sejamos assim capazes de fugir do alcance do mal/ignorância, ou nos livrar do seu laço em volta de nós.
A energia do Pai em forma de Amor, a maior força do Universo, está sempre à nossa disposição e alcança cada um de nós de acordo cos as características mentais e psicológicas que desenvolvemos. É como acontece com o vidro, que de acordo com sua natureza irá refletir a luz do sol de várias cores, como podemos ver a luz branca sendo refratada em diversas cores ao passar pelo prisma.
Jesus sempre se refugiava no silêncio da oração, procurando sintonizar com o Pai e reencontrar-se consigo mesmo para, reabastecido de amor, retornar ao rebanho aturdido, em equilíbrio de atitude e serenidade de espírito. Façamos também o mesmo, buscando a solidão da prece, no silêncio da alma, quando esses perigos sutis nos angustiarem ou aturdirem, a fim de podermos retornar ao trabalho renovado e calmo.