Sióstio de Lapa
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Meu Diário
29/12/2017 00h59
CAPITALISMO DE COMPADRIO

            As maiores empresas se juntam para se proteger, à custa dos menores. A função do governo é impedir que isso aconteça. Mas a função do governo passou a ser possibilitar isso. Não podemos ser contra as empresas, mas ser contra essa prática de compadrio que tira vantagens em cima dos contribuintes. Isso aumenta cada vez mais o abismo entre as classes sociais, onde a classe alta detém o maior número dos valores produzidos pela nação. Dá para perceber que tem alguma coisa errada, e todos, de esquerda e de direita, procuram tirar vantagem disso.

            Parece que os partidos determinam em suas defesas ideológicas, que muitas vezes são tão fugazes que parecem nem existir, que o mais importante é esta fusão de interesses dentro do sistema capitalista, onde o nosso país ainda se classifica, para garantir que os interesses de quem ainda trabalha por aqui, possa usufruir do máximo lucro em detrimento do máximo prejuízo da população. Mesmo que isso não apareça tão claro nas leis que são assinadas nem nas manchetes dos veículos de comunicação.

            Se pudermos colocar a ética dentro das formulações capitalistas, que vejam o povo como a massa que fermenta e faz o capital surgir e se desenvolver, podemos salvar a grandeza do capitalismo, que por sinal está presente até nas lições evangélicas.

            A democracia deve funcionar para o povo e não para uma minoria de agentes financeiros ou políticos-lobistas que desejam se perpetuar com suas mordomias indecentes e pejorativas frente a moral e ética.

            Agora, qual o nosso verdadeiro poder político, nós que pertencemos ao povão? Quase nulo, comparado aos indivíduos ricos e as corporações financeiras que enchem o Congresso. Parece que também está muito distante a correção dessa prática e desses desníveis que já estão muito bem estabelecidos.

            Esse capitalismo de compadrio funciona sob nossos olhares com uma aparência legal e algumas vezes ética. Não percebemos os seus efeitos a n[ao ser quando chega a afetar nossos bolsos, mesmo assim ficamos atoleimados discutindo o sexo dos anjos, sem apontar para a realidade.

            A história mostra que o regime capitalista, do trabalho como forma de gerar riquezas, e que quanto mais o homem trabalhar, sem explorar o próximo, mais pode acumular os seus bens com o objetivo de beneficiar a sua família e a coletividade de onde ele provém, inclusive apoiando os indivíduos incapacitados de garantir a própria subsistência. O regime socialista e comunista que tende a igualar o produto do trabalho de todos entre os operantes e os ociosos, tende a causar desestímulo naquele que produz, pois considera ser injustiçado preferindo sair do regime ou se tornando um ocioso a ser beneficiado pelos poucos produtores que ainda insistem se manter em tal situação.

            Portanto, aperfeiçoar o regime capitalista, evitando as mazelas que podem se incorporar a ele, como o compadrio, deve ser uma das nossas maiores preocupações.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/12/2017 às 00h59