A alegoria de raízes e frutos dentro dos estudos espirituais é bem interessante. Raízes são aqueles valores que estão interiorizados dentro do Eu, valores que sendo bons ou ruins irão dar frutos bons e ruins, respectivamente.
As raízes boas são as boas virtudes, como compaixão, solidariedade, amor, tolerância, compreensão, perdão, etc. Essas boas virtudes devem ser conquistadas através do exemplo, da educação, que podemos receber nos ambientes por onde vivemos e circulamos, principalmente na família e na escola.
A verdade é o terreno fértil onde as virtudes são cultivadas. Por mais que as circunstâncias sejam adversas, onde a verdade seja necessária, não podemos fugir das dores e consequências que a ela poderá trazer a quem a veicular e a quem por ela for atingido. O tempo será o grande avalista do poder salutar da verdade e da natureza boa dos frutos que daí sairão.
Por outro lado, as raízes más são os vícios, como drogas, ciúme, raiva, ira, gula, ressentimentos, mágoas, inveja, preguiça, falsidade, hipocrisia, etc. Esses vícios podem se instalar naturalmente, alimentados pelo vigor do Ego que está presente em cada corpo biológico, e que é importante para a sobrevivência do indivíduo, mas pode ser bastante lesivo ao corpo social se não for devidamente educado, instruído.
A mentira é o terreno fértil onde os vícios florescerão. No ambiente social do planeta Terra, considerado ainda um planeta de provas e expiações, iremos encontrar um predomínio do mal. Isso traz a tendência da educação da maioria dos humanos para a maldade, o egoísmo, a mentira presente em quase todos os relacionamentos.
Em função dessa situação, iremos observar que os frutos produzidos por cada pessoa, tem como resultado coletivo, a predominância dos maus frutos.
A nossa grande missão enquanto cristãos, nascidos e morando no Brasil, país considerado o “Coração do mundo e pátria do Evangelho”, é reverter essa situação e transformando o planeta para a categoria de “regeneração”.
Mesmo estando cercados de frutos ruins, ás vezes sendo obrigados a se alimentar deles, por questão de sobrevivência, devemos fazer todo o esforço para tornar o conteúdo nutritivo em matéria prima transformada para a formação de bons frutos de nossa parte. Isso significa dizer que estamos aplicando na prática a mais fortes lições do Mestre: “dar a outra face quando esbofeteado” e “perdoar até sete vezes setenta”.
Se conseguirmos um número suficiente de cristão praticando essas lições, com certeza nos tornaremos o sal da Terra, e atuaremos como o fermento que fará brotar no coração dos irmãos a fraternidade necessária para construirmos o Reino de Deus.