A atual situação política e econômica do Brasil traz bons argumentos para que possamos avaliar o embate entre o Bem e o Mal que acontece na sociedade. Pode parecer simplória essa comparação, mas na essência é isso que acontece.
O homem, contaminado pelo egoísmo animal o qual protege seu corpo da destruição, atuando muitas vezes de forma sub ou inconsciente, provoca uma série de ações maléficas para o conjunto da sociedade. Quem está se beneficiando das ações maléficas, muitas vezes se envolvem tão profundamente nessas ações, justificando-as e defendendo os chefes das corrupções que formam verdadeiras quadrilhas em quaisquer instituições que gerem a aquisição de propinas, sejam de forma direta ou indireta, no serviço privado, mas principalmente no serviço público.
Todos sabemos que a Petrobrás foi uma das empresas públicas, uma estatal poderosa, respeitada dentro e fora do país. No entanto, o vírus da corrupção atacou com força a instituição levando sérios prejuízos financeiros e morais. Os dirigentes corruptos chegaram ao ponto de corromper a maioria dos funcionários e também o sindicato, que gerou procedimentos legais para justificar ações antiéticas, de desvio irregular do potencial financeiro da empresa.
Tenho um paciente, honesto por natureza, que é funcionário da Petrobrás e evitou várias vezes entrar no círculo desses beneficiados com a farra que aconteceu na empresa. Fazia o seu serviço dentro da legalidade, impedindo que as ações de propina, corrupção, prosperassem por seu intermédio. Em função disso, esse servidor passou a ser perseguido, não recebia as devidas promoções que todos os seus colegas, e teve que mudar de estado. Veio para Natal, e como as perseguições continuassem, pois a disseminação do mal estava presente em todos os estados, comandado dentro da empresa pelos membros do sindicato ligados à CUT. Terminou desenvolvendo transtorno mental, depressão com ansiedade, devido tamanha pressão. Foi aí que ele me procurou para conduzir o tratamento psiquiátrico.
Durante as entrevistas, percebi o grau de ansiedade e depressão, a angústia por se sentir preso dentro de uma rede da qual ele não conseguia sair com o seu comportamento justo, como imaginava que deveria ser.
Em uma das entrevistas, mostrei a ele o que acontecia à nível espiritual, a batalha entre o bem e o mal. Ele, como tinha um coração mais aproximado das hostes do bem, estava mantendo o seu perfil psicológico superior acima dos valores egoístas dos instintos animais que prevalecia ao seu redor. Numa situação dessa, o soldado do bem sofre intensa pressão no intuito de ser punido e até mesmo descompensar a higidez psicológica encaminhando para a autodestruição.
Sei que essa pressão existia com tal intensidade, pois chegou ao ponto de me atingir. A médica da instituição ligou para mim convidando para ver o local onde o paciente trabalhava e ver a possibilidade de modificar o diagnóstico em função de novos sintomas que ela alegava existir. Tive que ser firme com ela, afirmando meu compromisso com o paciente e não criar mais pressão psicológica colocando sintomas que não vejo e que podia intensificar ainda mais o sofrimento.
Na última consulta, quando já estava bem encaminhada a sua transferência para outro estado, reforcei para ele a luta espiritual onde ele estava sendo provado como “soldado do bem”.
Fiquei a pensar... a batalha espiritual está em auge no Brasil, observamos as forças do mal em plena efervescência, os crimes contra a vida, contra o patrimônio e contra a dignidade humana, justificando que elas ainda prevalecem contra o bem, mesmo assim existem pessoas incorruptíveis, que parecem nem existir na sociedade, mas que podem fazer a diferença e modificar o curso dessa batalha que até agora parece contrária aos interesses do nosso líder: Jesus Cristo.