Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
09/02/2018 09h41
JOSÉ DO PATROCÍNIO (4) – LUTA PACÍFICA

            Que cada família possa se expressar ostentando a bandeira da paz, elevando-se, pelo pensamento, ao diretor sublime do planeta, rogando que tenha misericórdia dos que sofrem, dos que governam, dos que tentam acertar. Silenciemos as acusações e reunamo-nos em apoio à mudança, sabendo que toda crise passa, mas que, para passar, impõe que simplifiquemos a vida e as exigências cada vez mais, a fim de subsistir com qualidade. O momento exige que façamos a nossa parte, que falemos, que lutemos uma cruzada pacífica, mas não covarde, que tenhamos a coragem de ir às ruas e às avenidas reclamar dos representantes do povo o cumprimento dos deveres para com os cidadãos a quem teoricamente representam. Somente então haverá mudanças reais. Esconder-se em casas de oração, dizendo rezar ou vibrar sem se expor, sem se envolver, é atitude indigna daquele que diz seguir a Cristo, o verdadeiro revolucionário do planeta.

            As forças das trevas não podem contra as energias do Bem. Jamais! Importa é nos conscientizar disso. Trabalhemos para respeitar a opinião alheia, acima de tudo nos unindo, pois a hora exige muito mais ação e atitude do que inércia e passividade, ante promessas vazias e discursos inflamados. É hora de romper a hipnose imposta em larga escala por aqueles que, até agora, deram mostras de desrespeitar a nação, às leis e a sociedade brasileira. Calar-se e deixar passar esse momento sem se pronunciar é ser conivente com o mal, que se disfarça em pele de ovelha, além de constituir atitude com potencial de agravar ainda mais a crise em andamento.   

            A luta é um termo que implica guerra, agressividade, intolerância com a posição do outro, domínio, sangue... Mas a luta que é proposta aqui, dos pacíficos saírem às ruas e colocarem suas opiniões, falar sobre a Verdade, desmascarar a mentira, corrigir a injúria a corrupção, não implica em sangue, pelo menos na posição dos soldados pacíficos. Acontece que do outro lado iremos encontrar os soldados aguerridos para manter os seus privilégios adquiridos ou em perspectivas. Estes soldados não irão ficar limitados à simples dialética, quando perceberem que estão perdendo em discurso. Partirão para cima dos seus opositores com todas as forças, até sem inibição com o derramamento da honra ou do sangue. Nós, seguidores do cordeiro, que tivemos a ousadia de ir para as ruas divulgar a verdade e acusar os criminosos, seremos os mártires de mais uma epopeia humana. Não podemos empunhar nossas espadas, pois o Mestre já repreendera Pedro na sua própria prisão, ensinou que quem fere com a espada, com a espada será ferido. Daí, sabemos das centenas de cristão que foram para os circos romanos para serem rasgados pelas feras ou queimados nas piras sacrificiais, sempre com um cântico nos lábios e o olhar fixo nos portais divinos que se abriam para eles.

            Será que esse é o nosso destino na atualidade, com esse projeto de luta pacífica? Será que estamos prontos para o sacrifício como no passado nossos antepassados estavam?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/02/2018 às 09h41