Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/02/2018 13h11
PROJEÇÃO DO MAL

            A guerra espiritual que se desenvolve nos dois planos da vida, material e espiritual, tem reflexos práticos extremamente fortes no nosso ambiente nacional, principalmente em Brasília, a sede do Poder.

            Fontes espirituais (O Golpe – Robson Pinheiro/Ângelo Inácio) mostram que seres ligados ao mundo das trevas, oriundos de outras dimensões, comandam a política como podemos ver no trecho abaixo, onde o autor espiritual recebe explicações :

            - Você, Ângelo, bem como Ranieri, Lower e outros escritores e médiuns, teve acesso a esta dimensão. Mas, como a verdade é feita à luz da aurora, ela vai brilhando pouco a pouco, até ser dia perfeito. Assim, é chegada a hora de você saber o significado da visão, e você, Lower, dos sonhos que teve. Notem as cabeças, seja da medusa, seja da entidade, seja do dragão. Todas as figuras representam a mesma realidade.

            Fixamos as diversas cabeças pequenas e constatamos que proferiam palavrões, ignomínias e maldições: diziam coisas horrendas, cada uma por si, em contenda com as demais. Os tentáculos assustavam até mesmo os dois seres que haviam se achegado à estranha entidade.

            - Cada cabeça dessas representa uma corrente política patrocinada pelo dragão no mundo. As imagens que veem, - falava o velho João Cobu – são apenas um reflexo do que estava na mente do daimon desde a época em que ele conheceu este lugar, com a tecnologia e a técnica que já detinha. Quando vocês vieram aqui, todos numa ocasião diferente, cada qual percebeu tão somente o que estava apto a perceber.

            “Como dizia, essas cabeças simbolizam, meus filhos, diversas ideologias políticas vigentes ainda hoje, após metamorfoses mil, por meio dos quais o projeto dos daimons permanece vivo na atualidade. Cada cabeça sintetiza uma forma de governo, uma ideologia programada ou patrocinada diretamente pelas forças das trevas a fim de perpetuar o projeto de poder criminoso dos dragões mesmo depois que eles fossem sepultados magneticamente nas correntes eternas, para onde foram degredados.

            “Representam, nesse contexto, o comunismo, o socialismo, o fascismo, o nazismo, o chavismo, o lulopetismo, o populismo, os extremismos à direita e à esquerda do espectro político; enfim, correspondem aos diversos meios de totalitarismo, de castração da liberdade, de exploração de todos os matizes, bem como de aviltamento moral e de corrupção em andamento no mundo. Todos esses fenômenos obedecem a uma programação feita pelos daimons, que, ao longo de anos, de séculos e milênios, instigaram uma pauta que visa embaralhar a mente dos que trabalham pelo progresso do mundo, a fim de impedir que o planeta Terra avance à nova fase de seu projeto espiritual. Os tentáculos são, na verdade, os filhos da besta, a semente do mal disfarçada de regimes de governo e de meio de governar; são o programa milenar dos dragões em plena ação no mundo, cada qual com uma máscara, um nome diferente, mas tendo na cabeça do dragão a origem comum.

            - Ou seja... – aventurei-me na tentativa de falar.

            Entretanto, continuou Pai João:

            - Todas essas facções, as quais disputam atualmente o poder no mundo, são subprodutos do planejamento estratégico dos maiorais, que é administrado pelos chefes de legião, os espectros. Nas cenas que vimos, são representados pelas duas figuras que se achegaram ao daimon. Apenas mudam de nome, e, assim como o dragão ou maioral modifica sua aparência em conformidade com seus planos, esses projetos políticos de poder, até mesmo os que se mostram rivais entre si, tão somente se transformam, modificam-se, fundem-se. À primeira vista, são opositores, mas quando se veem em perigo, o sangue da besta e do dragão, que corre em suas veias, faz com que se unam e se fundam até. Aos olhos dos mortais, arrefecem as intrigas, mesclam-se as ideologias e os partidos se reconfiguram. Mas tudo, tudo serve ao teatro perpetrado pelos maiorais.

            - Dessa forma – completou Júlio Verne -, viemos aqui para lhes esclarecer, pois foram todos avisados, em épocas diferentes, a respeito das mesmas coisas, das mesmas verdades. Além disso, podemos deduzir que, em regra, não há nenhuma ideologia política que mereça muito crédito. Em maior ou menor grau, todas as correntes estão contaminadas pelo mesmo sangue, têm o mesmo DNA de concupiscência, a qual está entranhada em todo o lugar. Com efeito, há muitos homens de bem que tombam e se deixam levar por visões políticas e de mundo que têm nos daimons a sua gênese.

            - É como diz o famoso texto bíblico, meus filhos: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos – citou Pai João.

            Desta vez fui eu que me senti abalado, profundamente abalado. Lower me abraçou; recobrava a lucidez após tanto tempo incomodado com as imagens que vira durante anos a fio, no corpo e fora dele.

            Depois da visão do ser estranho e das explicações dadas por João Cobú e Verne, voltamos a observar o entorno, agora sob outra perspectiva.

            O ser muito esguio, de braços longos, também elegantes, mas não tão magros, lavava seu rosto no caudaloso rio de fogo, enquanto o líquido escorria pelas suas mãos. Imunizava-se, ao que tudo indicava, no intuito de evitar a perda da forma astral, a regressão da feição até certo ponto humana, tal como acontecera com colegas e partidários do sistema de poder que representava. Enfim, eu o via como verdadeiramente era: uma espécie de demônio escondido na aparência de um ser humano, embora diferente dos seres humanos da Terra.

            Pude notar quando aqueles dois seres que entraram no ambiente em determinado momento voltaram-se para nós. Percebei, então, que não estavam no ambiente, mas que tudo aquilo era reflexo das forças mentais, das formas pensamento do ser do espaço, que ficaram impregnadas no ambiente, na matéria escura da qual tudo ali era composto. Os dentes dos dois espectros eram pontiagudos, e sua face exibia uma crueldade desmedida, diferentemente do ser esguio, que chamei de demônio extraterrestre. Senti que eles também não eram terráqueos, mas isso pouco importa, já que estão circunscritos ao nosso planeta até que recebam o decreto do Alto, por ordem de Miguel, para que sejam expatriados.

            Tão logo assim pensei, a entidade esboçou um sorriso irônico em minha direção. Conclui que, ao se envolverem com questões de ordem política, defendendo que lado for, os homens penetram questões de ordem espiritual de seriíssimas implicações. Uma vez que estamos todos numa guerra espiritual de grandes proporções, é essencial não perdermos de vista que o lado onde militamos não é o da política partidária de nenhum homem, mas é o lado de Cristo, o representante da política divina do “amai-vos uns aos outros”.

            Afinal de contas, soube naquele instante o que deveria fazer; era imperativo retomar as obras que abordavam as relações entre política – a política dos dois lados da vida – e realidade espiritual, que por tudo perpassa e em tudo subsiste.

            E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. (Daniel, 7:24)

            Observo com esse texto uma realidade que agora encontra lógica. Esta violência em todos os estados do Brasil, o alto nível de corrupção que alcançamos, tudo isso só encontra lógica na influência do poder das trevas sobre a nossa mente ainda muito subordinada ao egoísmo animal. Que o esforço que Cristo fez ao vir à Terra ensinar o caminho para nossa conduta, não seja desperdiçado. Não nos deixemos ser enganados, hipnotizados e seguir uma conduta incoerente com o Evangelho.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/02/2018 às 13h11