Costumamos centrar nossa atenção no trabalho que é realizado, no que deve ser feito, mas pouca atenção vai para o repouso que também é necessário.
As tarefas podem se tornar pesadas e levar à estafa. Devemos examinar os compromissos à nossa frente que nos assoberbam e fazer uma seleção, por em ordem o que devemos executar, aproveitando bem o tempo, e disciplinar as realizações, trabalhando com otimismo.
O trabalho que leva ao enfado, termina por levar também à depressão. Há trabalhos que podemos e devemos fazer, e há haveres que outros podem executar. Muito parecido com um time de futebol. Cada atleta tem uma posição para garantir o melhor desempenho do time. Se um jogador quer atuar em cada posição, logo ficará cansado e não renderá o que poderia fazer.
Há serviços de superfície, que não são tão importantes, mas que tem o potencial de absorver e até desesperar, porquanto se multiplicam sem cessar. Por outro lado, devemos fazer uma boa distinção do trabalho que temos à frente, pois fugir do que é necessário fazer, significa transferência de luta para tempo e espaço posterior.
Por outro lado, o trabalho pode ser buscado para vencer a ansiedade, e isso é um perigo. Corresponde ao fazer uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas, como cocaína, maconha, álcool, entre outros, para fugir de um tormento e cair em outro.
A doutrina que consta nos Evangelhos cristãos nos ajuda a iluminar a mente, a dissecar os dramas que assolam nossas almas, libertando-nos dos falsos problemas e corrigindo as indisciplinas do nosso Espírito ainda muito imperfeito.
O aluno do Cristo deve sempre estar preparado para executar bem o seu trabalho. Deve estar capacitado com os valores que iluminem para a Paz legítima, a fim de adquirir alegria nas realizações, desintoxicando-se da estava que irrita, entorpece e predispõe ao mal. Devemos estar sempre prontos a ser usados pelo Senhor.
Procuremos desenvolver as atitudes cristãs, meditando nas horas vagas, cultivando a leitura edificante como forma de aprendizagem, conhecer a sutileza dos adversários ocultos dos olhos materiais, obsessores espirituais; promover o autoconhecimento e a auto iluminação, desenvolver o hábito de ler e estudar, pois o estudo também é trabalho.
Paulo de Tarso, o apóstolo que não conheceu Cristo, desenvolveu alguns critérios para caracterizar um bom trabalhador cristão: ter boas condições pessoais (mente sã em corpo são), compromisso com a tarefa, formação cristã inicial e continuada, ampliação das próprias possibilidades, trabalho em equipe e formação de novos trabalhadores.
Desenvolvendo bem o trabalho, entraremos no merecimento de ter o esforço físico compensado, a renovação íntima, o refazimento das forças utilizadas através do repouso coerente; não entrar num sono entorpecente, nem praticar ação devastadora, espoliando o corpo. O repouso pode ser também entendido como higiene mental.
As atividades espirituais devem ter prioridade, pois trazem serenidade. Temos o trabalho de semear, mas também devemos ter o trabalho de cuidar, para evitar parasitos, insetos e ervas daninhas. Se queremos plantar, devemos estar conscientes que também devemos zelar. Isso significa levantar o caído e andar um pouco com ele, para que ele possa aprender ou reaprender a dar novos passos. Vamos ajudar o necessitado, mas também animá-lo um pouco mais.
Voltemos novamente a atenção para nosso Mestre. Após trabalho exaustivo junto ao povo, Jesus buscava orar em profundo silêncio, meditar em demorados solilóquios, e recuperar assim as energias.