Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
04/11/2018 02h02
INTELIGÊNCIA E AMOR

            Temos vários exemplos da inteligência humana, instrumentos de precisão que voam pelos espaços infinitos, técnicas avançadas que são colocadas à serviço da imaginação, cálculos incomparáveis que ampliam os horizontes da matemática, atendendo as exigências modernas.

            E nós, sedentos de novos rumos, avançamos para fora da órbita do nosso domicílio planetário em que nos encontramos presos, procurando soluções à distância, que, no entanto, se encontra dentro de nós. Se estivéssemos dispostos a mergulhar nos labirintos da alma, poderíamos decifrar os enigmas que nos afligem.

            A inteligência aplicada aos problemas da vida, tem-se divorciado do sentimento para prejuízo de nós mesmos, que nos atormentamos a cada dia e hora, vítima da própria irresponsabilidade. Krishnamurti já dizia que, “a forma mais elevada de inteligência humana é a capacidade de observar sem julgar”. A chama do intelecto não prescinde do óleo do coração para arder com a potência necessária à produção de luz e calor, suficiente para manter a felicidade. Quando a inteligência se desenvolve sem o combustível do amor, incêndio voraz surge na máquina da ordem, tudo devorando, destruindo...

            A astronáutica procura colocar o homem na Lua ou nos planetas vizinhos, porém, mísseis são testados diariamente, que ameaça nos destruir. Enquanto os aviões cruzam os espaços encurtando distâncias em nome do conforto e da pressa, radares ultrassensíveis orientam teleguiados para os destruir. Cruzeiros que competem em conforto e luxo com as grandes cidades, construídos para o ócio e o gozo, cruzam os mares, mas sonares ativam torpedos para as suas destruições...

            É urgente que possamos converter o coração ao bem para que a inteligência se desdobre em serviço nobre e renovador. É imperativo associar mente e sentimento nas esferas do trabalho, para que a vida se converta, na Terra, em estância de harmonia e paz.

            Essa conversão inicia pela consciência, onde é imprescindível que cada cristão atenda ao programa que lhe compete. Lembrar que a sociedade tem início na família e esta tem como base o indivíduo.

            Temos que ter alguns cuidados básicos. Se nós em atividade não dispormos de bastante serenidade para atender as questões que nos chegam, com o raciocínio que dele se espera, então não estamos preparados para participar da Família Universal. Se ingerimos altas doses de cólera e vomitamos volumosa quantidade de desacato, não podemos contribuir para um mundo melhor, uma sociedade mais feliz. Se reagimos em vez de agir, somos peças desajustadas na máquina do progresso.

            A mensagem cristã é roteiro pacificador, diretriz de equilíbrio e via de segurança.

É importante a ordem, disciplina e obediência às instruções para resultados salutares e eficientes. Quem não se domina é incapaz de dirigir. Quem não sabe obedecer, não dispõe de valor para orientar.

            Há necessidade no mundo de harmonizar a lucidez da mente com a emoção sentimental, para o real equilíbrio. A paz do mundo é serva da paz do lar, e esta é escrava da paz do homem. A grande máquina depende de humildes parafusos de ajustes.

            Jesus falando às multidões usava palavras humildes... nas sinagogas, usava palavras doutrinárias... com os irônicos, elegeu o silêncio como resposta, sempre amando incondicionalmente!

            Na atualidade, as lições do Cristo devem falar a elevada linguagem da ciência e da filosofia, resolvendo questões... sem jamais esquecer a bússola do amor: “Fazer ao outro o que desejamos seja feito conosco”.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/11/2018 às 02h02