Cuidado quanto as queixas constantes das nossas dores. Se desejamos a cura espiritual devemos aprender a não falar excessivamente de nós mesmos, nem comentar a própria dor, pois lamentação é enfermidade mental de tratamento difícil. Devemos disciplinar nossa língua, pois quanto mais falamos das coisas dolorosas que nos aflige, mais duros se formarão os laços que nos prenderão a lembranças mesquinhas.
Devemos ter a família nuclear como sagrada construção, mas sem esquecer que ela é apenas uma parcela da família universal que está sob a direção divina.
O Espírito Santo está sempre pronto para colaborar na resolução de nossas dificuldades atuais e na construção do futuro, mas não dispõe de tempo para ouvir lamentações.
Todos temos o compromisso com o trabalho árduo como bênção de realização. Se desejamos avançar na evolução espiritual, temos que aprender a pensar com justeza. O Pai já nos proporcionou boas situações, a família que precisamos, uma base monetária suficiente, recursos lícitos para estender os benefícios aos entes amados, e aos mais próximos. A dor constitui possibilidade de enriquecer a alma e a luta é caminho divino para a realização espiritual. As almas fracas, ante o serviço, se queixam, as fortes o abraçam como patrimônio sagrado para o caminho da perfeição.
A saudade é o amor que fica, é sentimento justo e sublime, mas o pranto de desesperação não edifica o bem. Se amamos a família adquiramos bom ânimo, para lhe ser útil. Entendamos que dentro da família existem problemas, como existem dentro de nossa individualidade. Até mesmo os pais, pessoas mais próximas de nós, têm os seus problemas e que muitas vezes nos atingem. Como devemos reagir? Com atitudes de amor ou de ódio? Queremos a ajuda de quem? Das trevas ou da luz?
Se aprendemos que o nosso Pai é Luz e que sua essência é o amor, não podemos sair desse caminho se alguém ao nosso lado ou à distância desviou e cometeu os seus pecados. E para essa pessoa, quanto mais próxima de nós, mais merece o nosso perdão, compreensão das suas fraquezas e objetivo de nossas orações. Quando nos dirigimos ao Criador de coração aberto, sem ódio, sem sentimentos de vingança, mas com compaixão e fraternidade, pela oração sempre receberemos a ajuda que precisamos, para nós e para quem se mostre merecedor.
Agradecemos neste dia, véspera do aniversário do nosso Mestre Jesus, por essas lições que Ele nos deixou, mesmo com todo sofrimento que nossa ignorância fez Ele passar, mas nunca nos abandonou, sempre nos perdoou... sigamos o Seu exemplo, como bons alunos que queremos ser.