Tenho muitas restrições com relação a Bíblia, principalmente o Velho Testamento. Tenho muita consideração pela ciência, que trabalha em busca da verdade, de retirar a cortina de ignorância dos nossos olhos. Muitos acreditam que na Bíblia está a palavra de Deus, eu não entendo que seja assim. Vejo a Bíblia como uma coletânea de livros, feita por um povo que tinha um bom relacionamento com o Deus que eles acreditavam, e que foi descrito de uma forma no Velho Testamento, conforme Moisés e tantos profetas, e que difere daquele do Novo Testamento ensinado por Jesus. Este eu acredito que é o verdadeiro, pois é o que sintoniza com o amor, que deve ser a essência de Deus.
Mas, recebi um texto com o título acima, que cita o comportamento de um cientista bem conhecido, Louis Pasteur, que merece ser reproduzido aqui para nossas reflexões.
A Ciência & A Bíblia
Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem
universitário, que lia o seu livro de ciências.
O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
Respondeu o jovem:
- Mas é claro que está!
- Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias.
- O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? - indagou o idoso senhor.
E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
- Bem - respondeu o universitário -, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe-me o seu cartão, que lhe enviarei o material pelo correio, com a máxima urgência.
O velho, então, cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem, descendo na plataforma, leu - curioso - o que estava escrito, e sentiu-se profundamente constrangido.
O cartão dizia:
Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.
E um pouco mais abaixo, uma frase estava escrita, em letras góticas negritadas:
" Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".
[Fato verídico, ocorrido em 1892, narrado na Biografia de Louis Pasteur]
A leitura estava sendo feita na parte do Novo Testamento, na Bíblia, e, portanto, estava sintonizado com o Deus de amor citado por Jesus. Somente a colocação de que a Bíblia é a palavra de Deus destoa do meu modo de pensar, pois entendo que ali tenha mais o interesse humano apoiado pelo Deus dos exércitos, do que o interesse do Deus do amor. Mas a finalização é perfeita, mostrando a humildade do cientista, a prepotência do estudante e devida colocação, sem alardes, inscrita no cartão.