O espírito Ramatis, no livro Fisiologia da Alma, trata do Jejum associado ao comportamento de Jesus que vale a pena reproduzir e refletir.
É a terapêutica do jejum o processo que melhor auxilia o espírito a drenar as substâncias tóxicas que provém do astral inferior pois, devido ao descanso digestivo, eliminam-se os fluidos perniciosos. A igreja católica ao recomendar o jejum aos seus fiéis, ensina-lhes inteligente método de favorecimento à inspiração superior. As figuras etéreas dos frades trapistas, dos santos ou dos grandes místicos, sujeitos a alimentação frugal, comprovam o valor terapêutico dessa alimentação. O jejum aquieta a alma e a libera em direção ao mundo etéreo; auxilia a descarga das toxinas do astral inferior, que se situam na aura humana dos “civilizados”.
Aliás, já existem no vosso mundo algumas instituições hospitalares que tem podido extinguir gravíssimas enfermidades sob o tratamento do jejum ou pela alimentação exclusivamente pela à base de suco de frutas. Jesus, a fim de não reduzir seu contato com o Alto, ante o assédio tenaz e vigoroso das forças das trevas, mantinha a sua mente límpida e a governava com absoluta segurança graças aos longos jejuns, em que eliminava todos os resíduos astrais, perturbadores dos veículos intermediários entre o plano espiritual e o físico. O Mestre não desprezava esse recurso terapêutico para a tessitura delicada do seu períspirito; não se esquecia de vigiar a sua própria natureza divina, situada num mundo conturbado e agressivo, que atuava continuamente como poderoso viveiro de paixões e detritos magnéticos a forçarem-lhe a fisiologia angélica. Evitava sempre a alimentação descuidada e, quando sentia pesar em sua organização as emanações do astral inferior, diminuía a resistência material ao seu espírito, praticando o jejum, que lhe favorecia maior libertação para o seu mundo celestial.
Nunca vimos Jesus partindo nacos de carne ou oferecendo pernis de porco aos seus discípulos; ele se servia de bolos feitos de mel, de fubá e de milho, combinados aos sucos ou caldos de cereja, morangos e ameixas.
Esta percepção dos benefícios do jejum a partir do comportamento de Jesus, é deveras muito interessante e com a qual eu mais sintonizo, comparando com as diversas explicações sobre o benefício do jejum.
A compreensão do jejum como forma de drenar as substâncias tóxicas e até o excesso de nutrientes, como gorduras localizadas, o descanso digestivo, a drenagem de fluidos perniciosos, o favorecimento à inspiração superior, a paz espiritual e direcionamento para o mundo etéreo, um escudo contra os ataques das trevas, curar ou prevenir o desenvolvimento de enfermidades, e manter a delicadeza do períspirito, são fortes argumentos na minha consciência para eu fazer essa atividade, principalmente no tempo propício da quaresma.
Agora, a crítica em comer carne de mamíferos e aves como é feita, não consigo pactuar, mesmo já tendo tentado em passado recente. Essa crítica é feita em outros textos do mesmo autor, e irei colocar neste espaço em seguida, para maiores reflexões.