Eu sou um cálice de carne viva
Cheio de mágoas, de padecer
E dos sorrisos, minha alma priva
E com as lembranças fico a sofrer
A brisa passa por meus cabelos
Como carícias pra minha dor
Arrependido, caio em joelhos
Do que ontem fui e do que hoje sou
A chuva chega e me traz tristeza
O vento passa e deixa a saudade
Do tempo ido, de felicidade
Antes eu vivia com tua beleza
Fui encantado pela paixão
E hoje, triste, vegeto na solidão