Pai, sei que tua lei está em minha consciência, que tua vontade se expressa em minhas intuições e que o caminho é mostrado constantemente pelas diversas circunstâncias da minha vida.
Por isso, Pai, neste início de segundo semestre de 2019, recebo a intuição de começar um trabalho coerente com tudo o que aprendi nestes 66 anos de vida já vividos (20-10-1952 – 01-07-2019). Parece um tempo limite, como naquela corrida onde um corredor passa o bastão para outro. Sei que o Cristo viveu 33 anos, sendo que nos últimos três anos ele desenvolveu sua missão. Eu já tenho vivido 66 anos, e quando completei os 60 pensava que teria os seis anos seguintes para aplicar as lições do Mestre com mais fidedignidade, como se tivesse recebido o bastão dele. Mas sinto que fiquei muito aquém. Neste segundo semestre, outubro se aproxima e no dia 20 eu sairei da faixa dos 66 anos, portanto não teria mais condições de pegar o bastão. Portanto, tenho apenas três meses e alguns dias para sentir que eu toquei nesse bastão, que posso segurá-lo e seguir avante.
Sei que tu, Pai, colocou o Mestre, teu filho mais evoluído, comparado conosco, dentro de um contexto onde ele pudesse cumprir sua missão, que ele já sabia qual era e que iria receber ajuda de companheiros que ele também providenciou. Certamente, isso acontece com cada um de nós, somos colocados em contextos favoráveis a desenvolver um tipo de missão que o Pai espera de nós.
Sei que tu me mostraste o caminho da universidade que me capacitou nas ciências farmacológicas, que tive oportunidade de desenvolver os paradigmas de espiritualidade, encontrar e interagir com a irmandade que descobriu a importância e a evocação do Poder Superior na reconquista da vida, de construir um emaranhado de relações afetivas formando famílias nucleares com direcionamento para a universalidade, para a viabilização do teu Reino.
Sei que tu me forneceste um corpo cheio de egoísmo como garantia de sobrevivência biológica, mas que meu espírito deve saber domesticá-lo. Sei que a representação preferencial do egoísmo é pela presença dos sete pecados capitais (inveja, ira, usura, gula, preguiça) sendo os dois últimos os mais potentes comigo e que ameaçam o cumprimento de minhas intenções.
Por tudo isso Pai, sei que também é minha competência confrontar e superar esses obstáculos, mas o tempo é tão exíguo e a tarefa tão complexa... será que tu não queres me dar uma dose extra de energia, um pouquinho da força que destes a Sansão? Um pouquinho da sabedoria que destes a Salomão?