O tema do Seminário da região nordeste de Alcoólicos Anônimos (AA) que acontece em 9 e 10-11-19, em Maceió-Al, trouxe como objetivo o “Fortalecimento dos grupos”. Muita gente reunida no Centro de Convenções e Exposições Ruth Cardoso, alcoólicos e seus familiares. Momento de estudos, debates e congraçamento.
A irmandade de Alcoólicos Anônimos surgiu por inspiração divina, uma forma de controlar a doença do alcoolismo que grassava sobre a humanidade de forma perversa, galopante. A simples ideia da troca de experiências entre dois alcoólicos, foi suficiente para anular naquele momento a compulsão pelo uso de bebidas alcoólicas, levando o insight de que essa era uma forma eficiente de conter a doença.
A partir daí aconteceu uma serie de procedimentos que formou a irmandade da maneira que ela existe hoje e cuja atuação básica se observa na sala de reunião, no grupo de alcoólicos anônimos que se reúnem regularmente para relatarem mutuamente suas experiências de um passado da doença alcoólica, fortalecendo a manutenção da sobriedade e acolhendo com fraternidade e esperança aquele alcoólico, que como eles vivem atormentados e escravizados pelo álcool.
O grupo de Alcoólicos Anônimos se torna assim a estrutura básica da Irmandade, onde tudo acontece, onde tudo se harmoniza e decide, com a egrégora do Poder Superior que é formada em cada reunião.
Portanto, o fortalecimento dos Grupos de Alcoólicos Anônimos deve ser uma preocupação sempre constante entre os membros, como forma de mantar saudável e operante a própria irmandade. A presença regular do membro de AA que se encontra em recuperação, como uma forma de gratidão, é o principal fator de fortalecimento da irmandade. Quando isso se torna esquecido a um ponto que ameaça a saúde da irmandade, um seminário que discute esse objetivo se torna necessário.
Assim, discutir estratégias de reforçar no membro atuante e principalmente naquele que não frequenta as reuniões, a importância de sua contribuição, é o primeiro passo. O segundo, seria como alcançar aquele alcoólico e seus familiares que se encontram vítimas da doença, sem conhecimento da irmandade e que também são doentes. Terceiro, mesmo tendo o conhecimento da doença, da existência de AA, mesmo assim não se sentem motivados para, nem ao menos conhecer o funcionamento de um grupo de AA.
Estas são as linhas mestras, no meu entendimento, de como procurar formas de fortalecer a existência dos grupos, fortalecendo a filosofia da irmandade e atingindo de forma mais eficaz, os membros da sociedade que se encontram atingidos pela doença.