Ainda sobre o texto do Gregório Duvivier, escrito na Folha de São Paulo, ironizando a figura de Jesus Cristo, encontrei a opinião do Carlos Júnior, numa coluna do Renovamídia, revista digital, que vale a pena verificarmos uma das opiniões contrárias ao que foi escrito:
Como diria o outro, o mundo moderno é uma piada diabólica. E sem a menor graça. É o tal período histórico onde o gnosticismo saiu das trevas – literalmente – e passou a atacar o Cristianismo incansavelmente. Diluído o poder da Igreja Católica, seu principal algoz veio a apresentar-se com ideias iluminadas para destruir a civilização ocidental e varrer para baixo do tapete histórico as tradições e os costumes do Ocidente. Para qualquer dúvida a respeito disso, recomendo a leitura do clássico de James H. Billington, Fire in the Minds of Men.
Se as origens do iluminismo, do comunismo, do nazismo, do fascismo e do progressismo estão na ruptura da continuidade histórica da civilização ocidental com a moral cristã, então é lógico e óbvio que todas essas ideologias são inimigas mortais do Cristianismo. Vivemos sob o constante ataque aos valores cristãos, onde católicos e protestantes são achincalhados ao defenderem publicamente sua fé, porque, ora, o Estado é laico. O cristão deve aceitar de bico fechado os adeptos da moral secular atacarem covardemente suas crenças e doutrinas, enquanto que a menor reação é logo tachada de intolerância. Até mesmo ouvir da boca de quem não é cristão como um bom cristão deveria proceder.
Pois é exatamente isso que Gregório Duvivier quis fazer. O dito humorista é o intérprete de Jesus em ‘’A Primeira Tentação de Cristo’’, uma série da Netflix tão blasfêmica que só pode ter agradado ao próprio capeta. Na série, o escárnio a Jesus Cristo é tão grande que ele é retratado como gay, a Virgem Maria como adúltera e São José como homem traído. O leitor que pare a leitura aqui por ter sido obrigado a vomitar está mais que perdoado. Eu próprio embrulhei em mil lençóis o meu estômago quando vi a porcaria de trailer dessa imundice.
Antes de analisar qualquer blasfêmia contra o Cristianismo, é preciso ter em mente um fato objetivo: quem faz qualquer ridicularização com a fé cristã está triplamente errado. Na letra da lei, na doutrina cristã e na própria moral secular.
A Constituição é tão clara como o sol da minha querida Teresina ao não permitir este tipo de acinte. O artigo 208 do Código Penal fala em ‘’Escarnecer alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa, impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso, vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso’’. O vilipêndio a Jesus, a Nossa Senhora e a São José foi uma coisa absolutamente ordinária e indefensável. E legalmente é crime.
Em nenhuma vertente cristã os alvos desta série são assim apresentados. Tanto no catolicismo quanto no protestantismo a visão de Jesus Cristo é praticamente a mesma, exceto no mistério da Trindade, que não vem ao caso. Além do mais, nem mesmo os cristãos têm o direito de modificar a trajetória, o papel e a vida de Cristo, quanto mais os seculares, pagãos e ateus. Qualquer um membro de tais grupos não tem a mínima moral de ensinar Cristianismo aos cristãos, quem dirá distorcê-lo.
A coisa também esbarra na própria moral secular do bom senso, pois o fato é carregado de contradições. Se há liberdade para escarnecer o Cristianismo e suas doutrinas, por que negar o mesmo direito aos cristãos de expressarem o que pensam das outras religiões e grupos? Se a reação dos cristãos foi desmedida e histérica, por que os entusiastas da blasfêmia ficam a cuspir abelha africana com qualquer piada com as ditas minorias? A liberdade de expressão não é privilégio de um determinado grupo, e com a liberdade de reação também não é diferente. O bom senso secular foi convenientemente desprezado nesse caso.
Mas Gregório Duvivier é do tipo de sujeito que gosta da estupidez e repete o porre. Publicou na Folha de S. Paulo um texto com uma imagem de Jesus Cristo vestido com uma camisa de Karl Marx e uma saia rosa. O sujeitinho não tem a mínima noção das coisas. Vive em um país majoritariamente cristão e distribui blasfêmias gratuitas. Vive de zombar da fé alheia, mas na primeira alfinetada ao esquerdismo progressista ou piada com as ‘’minorias oprimidas’’, a indignação deste sujeito é proporcional a sua idiotice. Vive a cobrar respeito, mas na primeira oportunidade desrespeita quem pensa diferente e tem um Deus para adorar e seguir. É de uma hipocrisia infame.
Esta besta quadrada não merece um pingo de respeito. Cristão de verdade não deve ser educado com um boçal que vomita bílis a sua fé. A Netflix merece sim ser exposta ao ridículo quando joga no mercado uma porcaria blasfêmica e desrespeitosa. E sim, Gregório Duvivier, Jesus Cristo fica irritado quando o seu nome é profanado, como fez ao purificar o Templo no Evangelho de São João. A imagem de um líder zen e permissivo só é real na cabeça dos insanos.
Georges Bernanos dizia que nada no mundo se compara à cólera dos imbecis.
– país no qual o saudoso jornalista francês viveu. Em solo tupiniquim, tanta imbecilidade já foi vista, mas eu tenho certeza que nada é comparável à cólera de Gregório Duvivier.
Referências:
1.https://veja.abril.com.br/religiao/porta-dos-fundos-especial-de-natal-revolta-grupos-religiosos/
2.https://www.acidigital.com/noticias/bispo-brasileiro-netflix-da-bofetao-na-cara-dos-cristaos-com-programa-blasfemo-90245
3.https://ndmais.com.br/entretenimento/deputado-se-revolta-contra-jesus-homossexual-e-ataca-a-netflix/
4.https://www.youtube.com/watch?v=XP9lX27D4Vo
5.https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612290/artigo-208-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
6.https://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2019/12/desculpem-meu-aramaico.shtml
7.https://padrepauloricardo.org/episodios/a-purificacao-do-templo
Esta é uma opinião que certamente é partilhada por milhões de brasileiros, católicos ou não. O desrespeito a uma figura de adoração como é o Cristo, mexe com o mais profundo de cada indivíduo: sua fé.
Por outro lado, mesmo quem fez tamanho ato, com a participação e apoio de tantos outros, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai. Seguindo a lição do Cristo, devemos perdoar, pois não sabem o que fazem. Sigamos com nossa caravana do bem e deixemos nas beiras das estradas o latir dos cães disfarçados em textos irônicos.