Continuando o discurso do venerando Espírito que veio trazer uma intercessão necessária aos grupos espirituais que trabalham sintonizados com as lições primárias do Mestre Jesus, explicando e fazendo prevenção quanto as ações das trevas no nosso planeta e especialmente no nosso país.
Graças à comunicação virtual, divulgam-se acusações sórdidas contra os servidores fiéis a Jesus, que não estão à cata de promoção pessoal nem de exibicionismo egóico, semeando espinhos pela senda que eles devem percorrer. Intimoratos, no entanto, esses discípulos da última hora, prosseguem inatingidos, ignorando o Mal para somente construírem o Bem.
Esse ultraje, hora sutil, noutros momentos, agressivo e direto, tem desanimado indivíduos frágeis que se fascinam com a beleza da Doutrina e se decepcionam com a conduta de alguns daqueles que se apresentam como seus seguidores.
Piorando o quadro, no entanto, as disputas por cargos administrativos, a fim de imporem as suas maneiras especiais de governança das consciências, em lamentáveis ressonâncias do passado, quando, em outros credos, foram impiedosos e dominadores, vêm-se tornando triviais, sempre em olvido das diretrizes do Mestre ao afirmar: - Quem desejar ser o maior, seja o servidor de todos...
Muito tormento por exibição pessoal tem induzido os descontentes à criação de esquemas de trabalho que violam a simplicidade da mensagem de Jesus, enquanto outros de autodenominam inspirados pelo próprio Senhor ou se apresentam como reencarnantes famosos, cujas existências foram de sacrifício e de abnegação, como se pudesse haver retrocesso no programa da evolução.
Misturam-se, em consequência, os interesses vis de encarnados com desencarnados, aumentando as dissensões e gerando os ódios que já deveriam estar ultrapassados pelas relevantes conquistas das ciências psicológicas que demonstram os malefícios que causam a todos quantos lhes permitem a guarida na mente e no sentimento.
É momento muito grave, porque há urgente necessidade de consolação aos que se sentem deserdados, aturdidos com as ocorrências afligentes que os surpreendem nos mais diversos segmentos da sociedade.
A hora exige atenção e cuidado, ante o número excessivo de lobos disfarçados de ovelhas, com vozes mansas e veneno nas palavras, que aparentam humildade forçada e são possuidores de ira incontrolável.
Urge que os servidores do Evangelho restaurado reconsiderem condutas e voltem a trilhar a difícil estrada pedregosa por onde peregrinou o Mestre, sem as lisonjas ou os destaques sociais, nem as honrarias humanas que muito agradam a inferioridade moral e pervertem os sentimentos que se deveriam ornar de simplicidade e renúncia.
A tribuna evangélica não é pódio para disputas de exaltação do personalismo nem instrumento de projeção da mesquinha necessidade de aplauso. Antes, é área de compromissos com o ensinamento exposto, de forma que valham mais os atos do que as palavras memorizadas em exórdios brilhantes. Isto porque, conhecendo as debilidades morais dos que ali se apresentam, os adversários espirituais seguem-nos, empurram-nos a compromissos afetivos ilusórios e desgastes sexuais resultantes do fascínio que exercem em pessoas viciadas e de mentes pervertidas. Dominados pela vã cultura e pelo entusiasmo dos insensatos, abrem espaços emocionais muito amplos para a instalação de conflitos que os atormentarão, que os levarão ao abandono das tarefas, quando contrariados ou simplesmente entediados, a caminho de desditosas depressões e obsessões vulgares.
O Templo Cristão de hoje deve evocar a Casa do Caminho, onde Pedro Tiago e João viveram os ensinamentos do Amor Incondicional que Jesus promoveu e mantiveram a continuação do contato com o Mestre, a fim de que tivessem forças para o testemunho, o sublime holocausto da própria vida.
Eis um desafio próprio para heróis, aqueles que, no anonimato, deixam suas vidas seguirem como instrumento de Deus e na sintonia amorosa do Mestre Jesus, construindo a família universal e o Reino dos Céus.