Encontrei o texto abaixo na net e achei interessante dividir com meus leitores, essa forma lúdica de encarar a nossa gramática.
Um poeta escreveu "Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar". Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução. Eu, por exemplo, prefiro a carne ao carnê. Assim como, obviamente, prefiro o coco ao cocô. No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável... Pense no cágado, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração.
E há outros casos, claro. Eu não me medico; eu vou ao médico. Quem baba não é a babá. Você precisa ir à secretaria para falar com a secretária. Será que a romã é de Roma? E você, prefere ser uma pessoa vívida ou vivida? Seus pais vêm do mesmo país?
Seria maio o mês mais apropriado para colocar um maiô? Quem sabe mais entre a sábia e o sabiá? O que tem a pele do Pelé? O que há em comum entre o camelo e o camelô? O que será que a fábrica fabrica? E tudo que se musica vira música? Será melhor lidar com as adversidades da conjunção, "mas" ou com as más pessoas? Será que tudo que eu valido se torna válido? Melhor doidos que doídos? E entre o "amem" e o "amém", que tal os dois? Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o público entenda aquilo que publico. E paro por aqui, pois esta lista já está longa.
E você, para ou vai até o Pará?
[Carol Pereira] @carolinajesper #portuguêsélegal #portuguêspravida
Além do tom engraçado do texto, fica a informação de que um simples acento muda totalmente o sentido ou conteúdo de uma frase. Isso em comunicação é muito importante, para manter informada a população. Conhecer os fatos e transmiti-los de forma neutra, assim como estão acontecendo, sem nenhum viés ideológico, é a grande missão do jornalismo ético. Isso não é o que observamos nos diversos jornais, de direita ou esquerda, todos querendo usar um fato de acordo com a sua crença, desde o incêndio na Amazônia até o encontro de um criminoso com o Papa. Que tal fazermos um exercício prático dessa condição, fazendo um texto neutro, outro à Direita e outro à Esquerda?
Observamos que a mesma notícia pode apontar apenas o que aconteceu no primeiro caso, sendo considerada neutra, enquanto as outras duas colocam o fato a serviço de uma opinião, ideologia. Quando o fato se reveste de uma opinião, pode se desviar da verdade em favor de uma crença que quer se tornar realidade.
Tomemos muito cuidado!