Tenho um coração, deveras na prisão
Cujas grades são feitas pelo medo
Sem compaixão desse coitado do enredo
Que chora e se lamenta viver na solidão
Eu sei que existe nesse mundo
Sentimentos de todos os matizes
Que existem tantos seres, tão felizes
Mas para mim, só o poço, este fundo
Nunca ninguém me amou, agora eu sei
Querem apenas me ter nesta gaiola
Me debatendo sem gaita, sem viola
Ninguém sabe a cor da minha alma
Ninguém sabe da dor me trazer calma
Ninguém pode dizer, sim, eu te amei.