Comparando crises na humanidade que levam a morte a tantos, encontrei um texto que fala da Gripe Espanhola e podemos comparar com a atual crise causada pela pandemia do Covid-19. Reflitamos sobre o que é escrito.
Entre 1914 e 1918 a Primeira Guerra Mundial devastava o planeta, mas um desastre muito pior lhe sucedeu. Enquanto a guerra matou 20 milhões de pessoas em quatro anos, o vírus que ficou conhecido como gripe espanhola matou aproximadamente 50 milhões a 100 milhões em apenas alguns meses, infectando um terço da população mundial.
Os brasileiros foram atingidos pela gripe antes mesmo que a doença chegasse ao país. Uma divisão que o governo enviara em navio para participar da guerra adoeceu enquanto a esquadra que transportava os militares estava ancorada em Dacar, Senegal: 156 mortos. E o país não poderia escapar à espanhola.
A criticada “medicina official” tentava minimizar o problema e evitar o pânico. Mas, no final de 1918, a gripe era, no Brasil e no mundo, uma realidade brutal.
O jornal A Rua, de outubro de 1918, denunciava: “Desde as primeiras horas em que se declarou a epidemia que a romaria ás farmácias não parou nem um instante. Houve então uma grande desorientação e uma ignóbil exploração por parte de algumas farmácias. Os preços variavam de farmácia para farmácia e de bairro para bairro. O tubo de bromo-quinino passou a custar de 1500 a 8 mil e 9 mil réis. Uma limonada purgativa 4, 6 e 8 mil réis. Uma capsula com 25 ctgrs. de Sulfato de Quinino custava 400 réis, no máximo, custa 2 e até 3 mil réis! É o furto, parecendo que nem sequer estamos numa cidade policiada! Mas a necessidade era grande e os doentes nos milhares, o que fez com que apesar do descabido escandaloso dos preços, os medicamentos se esgotassem. Várias farmácias, especialmente nos subúrbios, alegam também a doença do seu pessoal. Que será da população sem ter sequer medicamentos?". Esses medicamentos não tinham qualquer efeito sobre a doença. O quinino era usado para malária, que é, porém, uma enfermidade totalmente diferente da gripe, causada por protozoário e não por vírus. Também eram inócuos os “Conselhos aos que se acham no inicio da infecção”, dados pela Diretoria Geral de Saúde Pública, e que começavam com um purgativo forte (além de ter gripe, a pessoa ficava também com diarreia). Em termos de dieta, indicava-se a tradicional canja de galinha.
Fonte: SCLIAR, Moacyr/ AH.
Observemos que o comportamento humano frente a qualquer crise não é diferente. Primeiro as pessoas pensam no lucro se aproveitando do medo e da necessidade dos doentes, mesmo que essa necessidade não tenha uma base real. Hoje, aqui no Brasil podemos observar isso com a falta de álcool gel e máscaras nas farmácias, com um isolamento carregado de pavor deixando muitos confusos e atemorizados. Claro, as orientações sanitárias são bem-vindas e devem ser obedecidas, mas não carreadas de tanto pavor, que ameaça as pessoas de morte por falta da garantia da própria subsistência, afinal, muitos não têm um salário definido e precisam trabalhar para garantir o seu sustento. Mas, as notícias alarmantes podem ter um outro objetivo que não seja a saúde do povo, talvez tenha um conteúdo ideológico para desestabilizar um governo que tenta conter a corrupção e suas ramificações nefastas, que tem o potencial de matar muito mais pessoas de forma silenciosa e camuflada com outros diagnósticos e narrativas. As forças das trevas podem se utilizar dessas viroses, talvez provocadas por elas, para chegar a atingir seus objetivos. Nós, soldados do Cristo, devemos atentar para suas lições: orar e vigiar em todas as direções, pois o mal está em todo lugar. Porém, mantenhamos a calma e o bom senso, não sejamos contaminados pelo pavor que talvez alguma inteligência perversa queira nos infligir.