Sióstio de Lapa
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Meu Diário
07/04/2020 00h04
PEDRA ANGULAR DO REINO

             A pedra angular era a pedra fundamental utilizada nas antigas construções, caracterizada por ser a primeira a ser assentada na esquina do edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes. A partir da pedra angular, eram definidas as colocações das outras pedras, alinhando toda a construção.

            Usando esse conceito, qual seria a pedra angular para a construção do Reino de Deus? Seguindo as lições de Jesus, criamos diversas igrejas cristãs, algumas até com essa denominação explícita: Igreja Universal do Reino de Deus. Mas, apesar dessa igreja, tão determinada em sua denominação, está construindo realmente o Reino de Deus? Observamos a sua voracidade em recolher donativos materiais, o dízimo dos fiéis, a construção de edifícios suntuosos, como o Templo de Salomão, em São Paulo. Sim, também observamos o retorno desse poderio financeiro que acaba sendo construído, em obras de caridade, como acolher pessoas viciadas em drogas. Isso é salutar, mas ainda está longe dessa construção se assemelhar ao Reino de Deus.

            Acredito que já tenhamos condições, depois de 2 mil anos das lições do Cristo, de lançar a pedra angular, fundamental para o Reino de Deus. Deverá ser uma instituição com o mínimo de burocracia e o máximo de caridade, onde aquele que deseja ser o maior dentro dela, tem a consciência de ser o maior servidor. Tem a característica de ser uma igreja, a instituição que facilita o acesso ao Criador pelo exemplo de seus participantes. Ao mesmo tempo tem a característica de uma escola, de ensinar aos seus membros sobre a Lei do Amor, a essência do Criador e que está presente ao redor do mundo, como centelha em cada pessoa e com o potencial em cada instituição, principalmente as religiosas. Todos, dentro desta pedra angular, deverão ser considerados como irmãos, desenvolvendo o amor recíproco. Todos são estudantes das leis naturais, da lei de Deus, das lições do Cristo, respeitando todas as demais crenças e religiões onde o amor é o fundamento. A dignidade humana será respeitada de forma solidária, entendendo ser o trabalho a forma de cada um ser respeitado dentro de sua capacidade de produção e do exercício da caridade. Os cultos serão um misto de aulas onde os pastores de qualquer denominação religiosa podem ser convidados e expor o pensamento e prática de sua agremiação.

            Dessa forma, temos as características dessa pedra angular: igreja, escola, que ensine e pratique a moral cristã, a lei de Deus na prática do amor incondicional e zele pela dignidade humana na forma de garantir o trabalho dentro do potencial de cada pessoa. Daí surge o nome da instituição: Escola-Igreja Trabalho e Amor (EITA), um nome que está sempre surgindo nos textos que são publicados neste espaço.

            Nós somos os tijolos dessa construção, mesmo que ela ainda não exista no campo material. A ideia já está no campo abstrato, com certeza na mente de várias pessoas que compreendem as lições do Cristo e querem coloca-las na prática. Muitos de nós já estamos fazendo este trabalho e esperamos apenas a oportunidade delas se tornarem uma realidade institucional no mundo material. Talvez essa pandemia que assola o mundo seja o sinal para essa implantação.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/04/2020 às 00h04