No intuito de nos colocar com mais rapidez nos caminhos corretos da evolução, o Criador enviou uma das suas criaturas mais evoluídas para nos ensinar. Dessa forma, há dois mil anos Jesus, o Cristo, encarnou entre nós, numa aura de misticismo, e na qual Ele dizia de forma clara que este era o seu objetivo, sabendo de antemão tudo que iria acontecer.
Mas, a nossa reencarnação no mundo material envolve o uso de um corpo biológico, cheio de forças instintivas que surgem na mente voltadas para a preservação e reprodução desse corpo, formando os mecanismos egóicos, o egoísmo. Associado ao esquecimento do mundo espiritual que sofremos ao encarnar, essas forças egóicas se contrapõem aos objetivos espirituais de nossa encarnação. Caso sejamos mantidos dentro dessa ignorância do mundo espiritual e de suas necessidades evolutivas no campo moral, somos facilmente envolvidos pelas forças egóicas e permaneceremos por longo tempo ou por toda a vida dentro do egoísmo.
Isso explica porque até hoje a população da Terra permanece presa dentro do egoísmo, longe do conhecimento da hierarquia do mundo espiritual sobre o material. Com o desenvolvimento da inteligência, dissociada do conhecimento espiritual, é possível a formação de seres voltados exclusivamente para o egoísmo, para a prática do mal, que é a condição visível da ignorância que eles possuem.
Quando o Cristo chegou e passou a nos ensinar, dizia claramente que era o Caminho, a Verdade e a Vida. Isso queria dizer que ao seguirmos o caminho que Ele indicava, que estava baseado na verdade do mundo espiritual, iríamos encontrar a vida sempre presente do mundo espiritual, diferente dessa vida no mundo espiritual, temporária e cheia de impulsos que deveriam ser controlados com a força espiritual que reside dentro de nós e que tem origem no Criador.
O embate entre essas duas forças, o Mal associado á ignorância que alimenta o egoísmo, e o Bem associado ao conhecimento dos deveres espirituais, criam na arena da mente um campo de batalha que se encontra nas duas dimensões, material e espiritual. A vinda de Jesus, na condição de governador do nosso planeta e comandante das forças do Bem, despertou desde o início tremenda reação que o levou a crucificação e muitos dos seus seguidores ao martírio. Esta é a condição que se encontrava o império romano, dominado pelas forças trevosas da ignorância, mas que fora o local geográfico para a Luz dar início á iluminação. Os imperadores, no início perseguidores, mas lentamente começam a aceitar a prática dessa iluminação, mesmo que tentem ainda assim colocar os interesses egóicos dentro da iluminação.
O Édito de Tolerância feito pelo imperador Galério, foi o primeiro sinal de aceitação do mundo material, oficial, as lições do Cristo, conforme vemos em uma nota encontrada na Wikipédia.
O Édito de Tolerância de Galério ou Édito de Tolerância de Nicomédia foi um édito datado de 311 d.C. e emitido pela tetrarquia de Galério, Constantino I e Licínio, oficialmente colocando um termo à perseguição de Diocleciano aos cristãos.
Galério, que tinha sido uma das figuras de destaque nas perseguições, admitiu que a política de tentar erradicar o cristianismo falhara. Morreria cinco dias depois de assinar o édito.
Trata-se de um decreto de indulgência, pelo qual as perseguições aos cristãos eram cessadas. Reconhece-se ainda aos cristãos existência legal e liberdade para se reunirem e construírem templos para a prática religiosa cristã.
O cristianismo foi oficialmente legalizado no Império Romano mais tarde, no século IV, por Constantino e Licínio, através do Édito de Milão. Mas só em 380, no império de Teodósio, com o édito de Tessalônia, o cristianismo passou a ser oficialmente a religião do império romano.
A partir daí, mesmo deturpada, a Luz do cristianismo passou a iluminar sem tantos sofrimentos e se disseminar pelo mundo.