Este primeiro concílio, motivado e facilitado por Constantino, movido por projetos de natureza material, egoísta, sob influencia de espíritos negativos (com relação a evolução espiritual), foi quem fez o desvio da rota que o Cristo ensinou.
Vejamos o que diz a Wikipédia sobre o assunto:
O Concílio I de Nicéia é o primeiro Concílio Ecumênico, que significa universal, já que dele participaram bispos de todas as regiões onde havia cristãos. Teve lugar quando a Igreja já tinha conseguido a paz estável e dispunha de liberdade para reunir-se abertamente. Aconteceu do 20 de maio ao 25 de julho de 325. Dele participaram alguns bispos que ainda tinham no seu corpo os sinais dos castigos que tinham sofrido por serem fiéis nas perseguições passadas, que eram recentes.
Para essas datas o imperador Constantino, que ainda não tinha sido batizado, facilitou a participação dos Bispos, colocando à sua disposição os serviços do exercito imperial para as viagens e os translados e ofereceu seu palácio em Nicéia de Bítinia, que estava perto da sua residência de Nicomédia. De fato, ele considerava que era oportuna essa reunião, pois no ano de 324, depois da vitória contra Licínio, tinha conseguido unificar o império, e desejava que a Igreja também estivesse unida. Nesses momentos ela estava sofrendo as consequências da pregação de Ario, um padre que negava a verdadeira divindade de Jesus Cristo. Desde o ano de 318 Ário enfrentava-se com seu bispo Alexandre de Alexandria, e fora excomungado no sínodo de todos os bispos do Egito.
Ário fugira e estava em Nicomédia, junto ao bispo Eusébio, que era seu amigo. Entre os Padres Conciliares encontravam-se as figuras eclesiais de maior importância no momento. Estava Osio, Bispo de Córdoba, que, ao que parece, foi quem presidiu as sessões. Assistiram também Alexandre de Alexandria, ajudado pelo diácono Atanásio, Marcelo de Ancira, Macário de Jerusalém, Leôncio de Cesárea de Capadócia, Eustácio de Antioquia, e alguns presbíteros representantes do Bispo de Roma, que não pode estar presente devido à idade avançada.
Além de Ário, também participaram seus amigos Eusébio de Cesárea, Eusébio de Nicomedia e outros. Em total participaram ao redor de 300 bispos.
Os partidários de Ário tinham a simpatia do imperador Constantino, pensavam que depois de expor seus motivos a assembleia concordaria. Mas quando Eusébio de Nicomédia tomou a palavra para dizer que Jesus Cristo nada mais era do que uma criatura, ainda que excelsa e eminente, e que não era de natureza divina, a imensa maioria dos participantes percebeu que essa doutrina atraiçoava a fé que tinham recebido dos Apóstolos. Os Padres Conciliares, para evitar as consequências de uma confusão tão grave, decidiram redigir, baseados no Credo batismal da Igreja de Cesaréia, um símbolo de fé que fosse o reflexo, de forma sintética e clara, da confissão genuína da fé recebida e admitida pelos cristãos desde as origens. Nele consta que Jesus Cristo é "da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado, homoousios tou Patrou (consubstancial ao Pai)". Todos os Padres Conciliares, menos os dois Bispos, no dia 19 de junho de 325, autenticaram esse Credo, que é o Símbolo de Niceno.
Além desta questão fundamental, em Nicéia fixou-se a celebração da Páscoa no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera, seguindo a práxis habitual na Igreja de Roma e em outras. Também foram tratadas algumas questões disciplinares de menor importância, pois eram referentes ao funcionamento interno da Igreja.
Quanto ao tema que era de maior importância, a crise ariana, depois de um tempo Eusébio de Nicomédia, com ajuda de Constantino, conseguiu voltar à sua diocese, e foi o próprio imperador quem ordenou ao Bispo de Constantinopla que admitisse Ário na comunhão. Entretanto, após a morte de Alexandre, Atanásio fora nomeado Bispo de Alexandria. Foi uma das maiores figuras da Igreja do séc. IV, pois soube defender a fé de Nicéia com grande altura intelectual e esse foi o motivo pelo qual o imperador o exilou.
O historiador Eusébio de Cesaréia, que simpatizava com as teses arianas, exagera nos seus escritos ao falar sobre a influência de Constantino no Concílio de Nicéia.
Se somente existisse essa fonte, seria possível pensar que o Imperador, além de pronunciar as palavras de abertura no começo das sessões, teve um protagonismo ao tentar reconciliar os adversários e restaurar a concórdia, impondo suas opiniões nas questões doutrinais por cima dos bispos que participaram do Concílio. Trata-se de uma versão parcial da realidade. Tendo em conta todas as fontes sabe-se que Constantino, com certeza, propiciou da realização do Concílio de Nicéia e teve influência dando todo seu apoio. Porém, o estudo dos documentos mostra que o imperador não influenciou na formulação de fé que foi feita no Credo, já que não tinha capacidade teológica para dominar as questões que ali estavam sendo debatidas, e sobretudo porque as fórmulas que foram aprovadas não coincidem com suas inclinações pessoais que eram na linha ariana, isto é, considerar que Jesus Cristo não é Deus, mas uma criatura excelsa.
BIBLIOGRAFIA
GRILLMEIER, Alois. Cristo en la tradición cristiana: desde el tiempo apostólico hasta el concilio de Calcedonia (451), Sígueme, Salamanca 1997.
PAREDES, Javier (ed.) et al. Diccionario de los Papas y concilios, Ariel, Barcelona 1998.
Colocando-me dentro desse Concílio como uma das pessoas em condições de refletir e decidir pela questão, sinto-me mais inclinado a seguir a opinião do padre Ário. Não posso compreender Jesus como a mesma identidade de Deus, pelo próprio comportamento de Jesus. Se ele fosse o próprio Deus, por que seria necessário ele orar com tanta frequência ao Pai? Por que sempre dizia que foi o Pai que o enviou? Que repreendia o “pai adotivo” quando dizia que estava no Templo cuidando dos interesses do seu Pai? Tudo isso indica que Jesus não era consubstanciado com Deus, mas um ente excelso, bastante evoluído espiritualmente, que estava aqui cumprindo uma missão determinada por ente mais superior. A maioria dos padres formaram suas opiniões, seguindo as informações dadas pelos apóstolos que não tinham uma boa compreensão de quem era Jesus. Mostra isso a pergunta que o próprio Jesus fez para eles: quem vocês acham que sou? Somente Pedro se aproximou da resposta correta: tú és o Messias, filho de Deus. Jesus aprovou e disse que ele havia sido intuído para responder corretamente.
São essas informações que fazem eu pensar assim, de forma racional. Os padres participantes do I Concílio de Niceia, absorveram as informações apostólicas com a fé exclusiva. Porém, isso não é o mais importante, e sim as lições que o Mestre deixou, sendo ele o Filho de Deus mais evoluído entre nós ou o próprio Deus. Se todos os padres presentes no Concílio tivessem seguindo essas lições e não se deixassem envolver pelo orgulho ou vaidade, certamente uma solução conciliatória mais apropriada teria sido encontrada, como pretendia o imperador Constantino. Por exemplo, deixar as duas formas de compreender a situação dentro de uma forma de receptáculo divino, onde cada padre podia acessar sem condenação, aceitando que nossa sabedoria é insuficiente para encontrar a verdade definitiva. O importante seria o cumprimento honesto das lições de Jesus, construir a família universal e, consequentemente, o Reino de Deus.