Uma só coisa é necessária, disse Jesus (Lucas, 10:42). Temos muitos negócios no mundo material, próximos ou remotos, que sempre nos traz alguma lição transcendental. Infelizmente, a grande maioria não tem essa perspectiva transcendental, mesmo tendo uma vida religiosa.
Felizmente, adquiri a consciência da importância do mundo espiritual, que irei levar deste mundo material, experiências para enriquecer o espírito na jornada em busca da proximidade com o Pai.
Administro vários interesses materiais e sei que não posso controlar todos os ângulos dos diversos serviços, e que a maldade e a indiferença com o sofrimento do próximo se insinuam em todas as tarefas, prejudicando a escalada que todos devemos fazer.
Poderei amealhar bons recursos, mas posso não saber em que regiões da vida serei conduzido pelo dinheiro. Será que improvisarei discursos pomposos sem avaliar as consequências de minhas palavras? Acredito que não entrarei mais em tamanhos desvios. Minha consciência está fortalecida. O que devo temer são os apelos do poder, do prazer, que podem desviar minhas formulações racionais, encontrando justificativas para a prática de iniquidades. Então, devo prestar muita atenção na lição do Cristo, que só uma coisa é necessária para a evolução no mundo espiritual, que é o nosso dever e destinação: aprimorar e executar os valores morais, mesmo que isso venha de encontro a preconceitos e relações de apego.
Quero organizar um grande movimento ao meu redor com foco nessas necessidades espirituais, para o bem legítimo, e isso não deixa de ser a construção do Reino de Deus. Posso experimentar muitas dores, mas devo permanecer vigilante no aproveitamento da luta, para que esses dissabores não sejam inúteis.
Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de nós mesmos, uma atitude adequada, ante os desígnios do Todo-Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos traçou a Divina Lei, das oportunidades que o Pai nos oferece cotidianamente e que devemos aproveitar de acordo com o Amor Incondicional, seguindo a bússola que o Mestre nos forneceu: “fazer ao próximo aquilo que desejamos seja feito conosco. “ Dessa forma, realizaremos esse “necessário”, em cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o Celeste Instrutor, é muito difícil agir alguém com proveito, seja na omissão ou na ação.