Tanta coisa já sei! Tanta coisa a fazer, sobre a vontade do Pai... e não faço! Mas faço a vontade do corpo, com jogo, comida, sexo... e a minha vontade quanto espírito? De fazer a vontade do Pai e não a do meu corpo? Entendo perfeitamente a autocrítica de Paulo, de querer fazer uma coisa e fazer aquilo que não quer.
Sei onde está o fiasco do meu livre arbítrio, de fazer aquilo que não quero e procrastinar com orações mínimas que se tornam ridículas tentando atenuar a culpa. Sei que as intuições que chegam para que eu faça este texto, tem o “dedo do Pai”, pois desta forma Ele puxa minhas orelhas.
Sim, identifico o problema. Mas como resolver? Que Paulo fazia? Saia pelo mundo a trabalhar na vontade de Deus, e mesmo assim ainda fazia sua autocrítica. Eu tenho algum trabalho dirigido à vontade do Pai? Sim, tenho alguns trabalhos..., mas não chegam a ter àquela dimensão dos trabalhos do Paulo.
Estou agora parado ante minhas deficiências. Sei que tenho potencial, mas até agora não consegui coloca-lo a serviço do Pai, como é a minha intenção, o que determina o meu livre arbítrio. Mas essa deliberação íntima a que cheguei não se concretiza com atos, não caio em campo com objetividade, perco tempo com coisas fúteis. Ação da Preguiça? Acredito que sim, ela é uma das minhas mais fortes adversárias.
Que devo fazer agora, sabendo de tudo isso? Pedir perdão ao Pai por minhas deficiências, reafirmar minha decisão de fazer a Sua vontade e não a minha, e procurar ver se venço essa inércia, de realmente fazer a vontade do Pai.
Este é o problema: vencer essa inércia! Vencer a preguiça! Tanto tempo já que estou tentando... e isso não acontece! Procuro ajuda na oração, peço ao Pai constantemente, inteligência rápida, coragem e sabedoria. Sei que estes são atributos importantes para a realização da minha tarefa, para eu não sair deste mundo material com esta falência moral em minha consciência.
Hoje é um dia que inicia, que nova chance surge para fazer isso, resolver os problemas espirituais que identifico aqui. Sei que tenho muitas tarefas ligadas ao mundo material, de suprir a sobrevivência e a dignidade, minha e a de meus dependentes, que são muitos, parentes, sanguíneos, amigos... também eles, apesar de serem externos e comporem o mundo material, faze parte dos meus compromissos espirituais, já que não tenho a pretensão de levar comigo ao mundo espiritual, nada do que estou construindo ao redor deles.
Apesar de tanta autocrítica que faço aqui, sinto que falta apenas um pequeno detalhe para que eu engrene minhas ações naquilo que minha consciência cobra. Talvez o elemento importante para este avanço seja a sabedoria, encontrar esse pequeno detalha no meio de tantas alternativas que o Pai coloca ao meu alcance. Tenho um pequeno vislumbre que a igreja EITA que está maturando na minha consciência, seja este detalhe. Talvez eu precise ter um pouco mais de paciência para compensar e minha deficiência em sabedoria. Afinal, tudo tem o seu tempo na dinâmica da vida, e quanto o trabalhador está pronto a tarefa aparece.