Vejamos se conseguimos respirar com essa câmara de gás ideológica que o Frei Betto que nos jogar.
“Não posso respirar” quando vejo a democracia asfixiada; a Polícia Militar proteger neofascistas e atacar quem defende a democracia; o presidente mais interessado em liberar armas e munições que recursos para combater a pandemia; o ministério da Educação dirigido por um semianalfabeto que ameaça reprisar a “noite dos cristais” dos nazistas, proclama odiar povos indígenas e propõe prender os “vagabundos” do Supremo Tribunal Federal.
A democracia foi asfixiada porque elegemos um presidente sem precisar de conchavos com corruptos e da mídia interesseira? Acusa o presidente de fascista, mas não explica o que é fascismo... será porque a razão irá mostrar que estão acusando daquilo que eles são? E porque somente podem ter armas são os bandidos e aqueles que querem implantar uma ditadura? Os cidadãos de bem não tem condições morais de possuir armas? Sou cristão, e sigo a lição de Jesus, ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes... essa prudência, implica em ter uma arma num mundo tão cheio de peçonha. O Frei não consegue ver os recursos liberados para conter a pandemia? Ou quer com suas palavras esconder a Verdade? Talvez ele também não queira que o Ministério da Educação procure acabar com a miséria da ignorância que a esquerda deixou no país... Também a população está vendo como foi formado o atual STF, consegue explicações de tanta decisão contrária aos interesses do povo e a favor dos bandidos de colarinho branco, com o apoio dos “politicamente corretos”.
“Não posso respirar” ao ver os comandantes das Forças Armadas calados diante de um presidente destemperado que não esconde ter como prioridade de governo a sua proteção e a de seus filhos, todos suspeitos de graves crimes e cumplicidade com assassinos profissionais.
O Frei respirava melhor quando via o país sendo surrupiado pelos corruptos dos partidos progressistas, quando nosso patrimônio servia para encher as contas bancárias dos amigos do poder, quando nossas empresas e caixas de previdências eram assaltadas metodicamente, quando nossos recursos financeiros iam bancar graciosamente as ideologias de países de igual conduta perniciosa... e os militares não faziam nada. O presidente é destemperado quando revela com vigor as tentativas da Mentira, dos boatos, das tentativas de assassinato de reputação, já que falhou a tentativa de assassinato físico e até hoje a ética do Frei não vai atrás dessa Verdade? Por que a Justiça está manietada, não consegue mostrar a Verdade por trás de tantos assassinatos ocorridos no país? De tanta riqueza surgida de hora para outra? Por que a ética “politicamente correta” não vai atrás disso?
“Não posso respirar” diante da inércia dos partidos ditos progressistas, enquanto a sociedade civil se mobiliza em contundentes manifestos de indignação e pela defesa da democracia.
“Não posso respirar” diante desse empresariado que, de olho nos lucros e indiferente às vítimas da pandemia, pressiona para a abertura imediata de seus negócios, enquanto os leitos hospitalares estão lotados e covas rasas se multiplicam nos cemitérios quais gengivas desdentadas de Tânatos.
“Não posso respirar” quando, no Brasil e nos EUA, cidadãos são agredidos, presos, torturados e assassinados pelo “crime” de serem negros e, portanto, “suspeitos”. Falta-me ar ao ver João Pedro, um garoto de 14 anos, perder a vida dentro de casa ao levar um tiro de fuzil pelas costas, enquanto brincava com amigos. Ou entregadores de encomendas serem assassinados por policiais que nos consideram imbecis ao tentar justificar a morte de tantos civis desarmados.
“Não posso respirar” ao pensar que o bárbaro crime cometido contra George Floyd se repete todos os dias e permanecem impunes por não haver ali uma câmera capaz de flagrar assassinatos semelhantes. Ou ao ver Trump, do alto de sua arrogância, reagir aos protestos antirracistas ameaçando calar os manifestantes com o indiciamento deles como terroristas e a intervenção de tropas do exército.
Como oxigenar minha cidadania, meu espírito democrático, minha tolerância, ao me ver cercado por mimólogos da Ku Klux Klan; generais improvisados em ministros da Saúde em plena tragédia sanitária; manifestantes infringirem, impunes, a lei de segurança nacional; e a Bolsa de Valores subir, enquanto milhares de caixões baixam nas tumbas que recebem as vítimas da pandemia?
Preciso respirar! Não deixar que sufoquem a sociedade civil, a mídia, a liberdade de expressão, a arte, os direitos civis, o futuro dessa geração condenada a viver esse presente nefasto.
Respiro, apesar de tudo, quando leio o que o estilista Marc Jacobs postou no Instagram depois de ter uma de suas lojas destruída pelos protestos em Los Angeles: “Nunca deixe que eles te convençam que vidro quebrado ou saque é violência. Fome é violência. Morar na rua é violência. Guerra é violência. Jogar bomba nas pessoas é violência. Racismo é violência. Supremacia branca é violência. Nenhum cuidado de saúde é violência. Pobreza é violência. Contaminar fontes de água para obter lucro é violência. Uma propriedade pode ser recuperada, vidas não. “
Faço meus os versos de Cora Coralina: quero “mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros”.
Frei Betto é escritor, autor do romance histórico “Minas de Ouro” (Rocco), entre outros livros. Site: www.freibetto.org Twitter: @freibetto
Eis, enfim todo o texto. Não irei rebater ponto a ponto, isso tornaria por demais extenso, e quero deixar a oportunidade para meus leitores fazerem essa reflexão, fazendo a crítica racional, comprometida com a Verdade, com a realidade que estão percebendo. Não quero passar a ideia que esteja cometendo o mesmo crime que o Frei parece estar cometendo, de forjar narrativas para esconder a Verdade. O meu processo de esclarecimento pode ainda ter resquícios de ignorância e agradeço se algum dos meus leitores descobrir incoerências com a Verdade e me advertir.