Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/06/2020 23h28
ASCENDÊNCIA MORAL DE JESUS

             O livro “A Marca da Besta”, de autoria de Ângelo Inácio através do médium Robson Pinheiro, nos traz importantes informações sobre as providências que estão sendo realizadas no mundo espiritual com respeito ao que se passa conosco, aqui no plano físico. É preciso que tenhamos esse conhecimento para que possamos refletir com mais eficiência.

            - Gostaria de ouvir algo sobre a ascendência moral de Jesus, conforme muitos espíritos mais esclarecidos nos relatam. Como entender que somente ele tem o poder de interferir no sistema de vida dos chamados daimons?

            Jamar pareceu meditar um pouco antes da resposta; por certo, hauria inspiração a fim de organizar os pensamentos em torno de um tema de muitas e complexas implicações.

            - A resposta não é tão simples assim, exigindo um pouco de reflexão sobre aquilo que costumamos denominar ascendência moral ou espiritual. Quando, em épocas que se perdem na eternidade, um novo centro evolutivo se formava por meio da atração de elementos dispersos nos espaços, um novo sol ou um novo berço de almas, a consciência cósmica que, mais tarde, viria ser conhecida como Jesus Cristo, reuniu em torno de si os fluidos espalhados pela amplidão. Empregando forças sobre-humanas, liberou energias mentais que provocavam a união de partículas e moléculas, dando origem a extensa nebulosa. Era a nebulosa solar. O senhor do sistema, o Cordeiro divino, irradiou seu poder mental de nível superior e agregou partículas de poeira cósmica dispersas nos espaços intermúndios. Seu magnetismo divino arrastou as moléculas e demais vestígios de antigas estrelas, que se extinguiram e formaram uma composição de elementos que posteriormente constituiria a nebulosa e os mundos nascentes.

            “Outras consciências ali se reuniram com ele, no intuito de cada uma dar o sopro de vida que definiria, pelos milênios a seguir, o tipo de vida e as dimensões energéticas do sistema que forjavam.

            “Segundo consta nas tradições do mundo espiritual, na borda externa da formidável corona que se formara havia pequenos núcleos que se desprenderam por efeito da enorme pressão interna, do derrame de energia consciencial efetuada pelos arquitetos cósmicos. Eles sabiam que a matéria interestelar não suportaria a incomparável força de suas mentes sábias e explodiria, de tal sorte que os pequemos núcleos seriam lançados na amplidão e originariam a família cósmica, berço de futuras civilizações.

            “Uma dessas consciências iluminadas, pairando num tipo de existência inconcebível ainda hoje, incumbiu-se de semear as mônadas divinas ainda quando a nebulosa se encontrava em formação. Eram embriões cósmicos, que deveriam forjar suas potências já no nascimento do sistema e, ali, em algum globo oriundo da explosão, seriam congregados, integrando a comunidade de almas em germe ou o germe da vida que, mais tarde, receberia a luz da razão e a conquista da espiritualidade.

            “Reza a tradição do mundo oculto que tais inteligências se reuniam exatamente no centro da nebulosa, local onde as forças titânicas da natureza, em plena expansão, circulavam e irradiavam em torno e sob o comando consciente das inteligências cósmicas que, bilhões de anos depois, seriam chamadas de arcanjos, cristos ou orientadores evolutivos de humanidades. 

            “Novos surtos de progresso foram suscitados e estimulados, sempre sob o comando dessas consciências siderais, seres cósmicos cuja dimensão em que viviam e vivem escapa à compreensão dos humanos da atualidade. 

            “Os historiadores do invisível contam que algumas expressões da civilização foram aparecendo, em diversos recantos do mundo Terra. Povos nasceram e morreram; experiências se sucederam em diversos ramos do tronco humano. Em inúmeras ocasiões, foram enxertados na experiência terrestre novos seres de outros orbes, mais experientes, que as descrições frequentemente confundem com deuses e os aclamam heróis. Tudo isso se passou sob os cuidados do Cristo Cósmico, aquele que mais tarde seria reconhecido nos recantos humildes da Galileia como Jesus de Nazaré. 

            “Desde essas épocas, cujos registros não se encontram nos compêndios da história terrestre, o Cristo tem aconchegado os milhões de espíritos que vêm para a Terra em processo educativo. Uma vez que Ele é a luz do princípio e aquele que albergou as almas falidas nesse mundo em gestação, somente Ele, e mais nenhum outro – nem santos nem heróis, nem mestres nem médiuns -, detém a força moral capaz de enfrentar e conduzir as mesmas almas rebeldes que conhecemos como dragões, as quais um dia Ele próprio recebeu em seus braços, no mundo chamado Terra.  

            Esta informação coloca a magnitude do ser espiritual que é Jesus, muito distante de nós, mas que tem a humildade de dizer que nós podemos fazer o que Ele faz e muito mais. Isso, considerando o momento atual, é impossível! Mas, acredito que o Cristo estava falando de forma simbólica, colocando o nosso potencial e obrigatoriedade de seguir a lei da evolução condicionada ao tempo. Assim, considerando o tempo e a evolução, podemos compreender que ao passar pelo tempo de experiências que o Cristo passou, e indo além, podemos fazer o que Ele faz agora e muito mais, com o tempo extra que possamos considerar. 

            Por enquanto, esses espíritos renitentes no mal e também antigos, não se dobrarão frente à nossa vontade, pois eles contam com muito mais experiências e inteligências em função disso. Essa autoridade intelectiva desses seres das sombras consegue eliminar nossa ação de conduzir o Bem, pois ainda não possuímos autoridade moral suficiente. 

            Deixemos com o Cristo essa responsabilidade e basta a nós que reconheçamos a verdade e não nos deixemos iludir pelas falsas narrativas.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/06/2020 às 23h28