No início do século XX, a pandemia da Gripe Espanhola nos trouxe lições que passaremos a relatar uma delas envolvendo Eurípedes Barsanulfo.
O REMÉDIO PARA A PANDEMIA DA GRIPE ESPANHOLA QUE EURIPEDES BARSANULFO PREPAROUANTES DE DESENCARNAR
Em 1918, no surto de gripe espanhola, Eurípedes Barsanulfo dedicou-se com carinho aos doentes. Certo diaAntuza, sua grande amiga, percebeu que ele estava diferente e perguntou o porquê do rosto excessivamente vermelho. Ao que Eurípedes respondeu: - Peguei gripe espanhola e estou com muita febre. Muita gente vai morrer em Sacramento e eu também vou morrer. Mas deixei um remédio preparado e quem o tomar, mesmo pegando gripe, vai sarar.
Em 1 de Novembro de 1918 ele estava morto, para desespero de Antuza que não parava de chorar a perda doquerido amigo. Embora não tenha sido poupado, o professor Eurípedes deixou escalado um senhor para distribuir oremédio que havia preparado. Quem o tomou sarou e, da família de Antuza, embora gripados, ninguém faleceu.
Alguns dias depois, desanimada, triste e com a gripe, ainda chorando muito, a jovem escutou uma voz forte chamar: - Antuza! Antuza!
Olhou espantada e viu perfeitamente diante de si, elegante como sempre, Eurípedes Barsanurfo. Surpresa com a súbita aparição, exclamou: - Não pode ser o senhor! O senhor morreu e eu acompanhei o seu enterro até o cemitério! O senhor foi enterrado. Eu vi!
Mais espantada Antuza ficou com o que ele respondeu: - A morte não existe, porque existem apenas duas coisas: ocorpo e o espírito. Você viu o corpo ser enterrado. O corpo é jogado fora, mas o espírito fica. Por isso você precisa pararde chorar e tratar de trabalhar. Vai trabalhar!
Eurípedes pediu a Antuza para olhar os pobres, as crianças abandonadas e trabalhar muito, porque haveria sempremuita coisa a ser feita pelos necessitados.
A partir daí orientada pelo professor Eurípedes e por doutor Henrique Krieger, Antuza ajudou e curou muita gente.
Livro - Maravilhosos encontros com Eurípedes Barsanurfo.
Autora - Lauret Godoy. Página 125 e 126.
O texto mostra a serenidade do espírita Eurípedes Barsanulfo diante de uma pandemia como ocorre hoje. Segue os ensinamentos budistas que apresentamos no texto anterior. O que me trouxe curiosidade é porque Eurípedes já tinha desenvolvido um remédio para sarar do mal, e mesmo assim ele morreu do mesmo mal. Por que não se salvou também? O vírus tinha que ensinar uma lição que envolvia sua morte e ele teria que se submeter sem desespero, conforme ensina o budismo?
Coloquei este texto com esta lição para refletirmos que, obedecendo todas as orientações espirituais, mesmo assim não estejamos livres de pagar ou aprender alguma tarefa que implique na morte do corpo físico. A moral do ensinamento é que devemos agir com serenidade mesmo na maior tempestade, e mesmo que estejamos também diretamente ameaçados.