Acredito que eu esteja dando passos seguros na formatação desta família universal que Jesus apontou como base para o Reino de Deus. E parece que os filhos se tornam como “um agente catalisador” importante, ao lado dos instintos biológicos. O primeiro associado ao aspecto espiritual, a fraternidade, força harmônica para manter o fluxo do amor, e o segundo associado ao aspecto material, a sexualidade, força reprodutiva para manter os seres biológicos.
Procurando desenvolver a vontade de Deus, inteligência suprema que sei, encontra-se em qualquer ponto do universo assim como dentro de mim, procuro manter os meus relacionamentos com essa força motriz divina e bifurcada, na matéria e no espírito, assim como fomos criados. Na primeira bifurcação, material, encontro a energia da sexualidade, mesmo debilitada nas funções biológicas, pelos meus 67 anos, mas íntegra nas funções psicológicas; na segunda bifurcação, espiritual, encontro a energia do amor incondicional, representada na lição deixada por Jesus, de fazer ao próximo aquilo que desejamos ser feito a nós.
Nesse ponto existe a confluência de forças: as mães que desejam o melhor para seus filhos, por um imperativo biológico e os desejos sexuais por parceiros masculinos; os pais (parceiros masculinos) que desejam as parceiras femininas, por um imperativo biológico para a reprodução dos seus gens. Observamos que prevalece nessa primeira reflexão as forças biológicas associadas à matéria. Como pode entrar nesse contexto as forças espirituais?
O espírito é quem tem as condições morais de entender e praticar o amor incondicional, aquele que não impõe nenhuma condição, que deve seguir a bússola comportamental que o Mestre nos ensinou: fazer ao próximo aquilo que desejamos para nós. Se o meu desejo sexual aponta para determinada parceira feminina, que tem um filho com o qual tem o máximo desejo de fazer o bem, a minha força instintiva deve se aliar ao que ela deseja, sabendo que esse desejo dela é positivo: colocar ordem na vida de uma pessoa sob sua responsabilidade.
O espírito é quem vai tomar a decisão: seguir os desejos da carne e simplesmente ir em busca do orgasmo e espalhar os seus gens em busca de mais disseminações do seu corpo, ou seguir as lições do Mestre e se aliar as preocupações dessa parceira feminina que é mãe e procura salvar o seu filho? Seguindo este último caminho o espírito se engaja no amor incondicional, trata o filho dela como se fosse seu, dentro de todo seu contexto de atividades, onde pode encontrar outras parceiras femininas, com todo tipo de ideologia com relação ao sexo e a reprodução.