Este é o maior perigo que eu corro, em confundir o cumprimento da minha vontade, dos meus instintos, dos meus desejos e não os de Deus como eu quero.
A minha esperança é que está escrito na Bíblia: Todo aquele que nEle crer não será confundido (Paulo, Romanos, 10:11). Como eu tenho uma crença forte na existência de Deus constante perto de mim, me intuindo, orientando, sinto uma boa segurança de que estou no caminho, consultando minha consciência que não desaprova o que estou fazendo ou na maioria do que fiz.
Dentro do cristianismo essa crença individual não tem a mesma força ou a mesma qualidade. Há católicos romanos que restringem ao padre o objeto de confiança; reformistas evangélicos que se limitam à fórmula verbal; e espíritas que concentram todas as expressões da fé na organização mediúnica.
Dessa forma, em todos os lugares, há sacerdotes que não correspondem à confiança, fórmulas verborreicas que não atendem às necessidades espirituais, e médiuns que não sintonizam convenientemente com o mundo espiritual.
Devemos ter cuidado, pois toda crença cega, sectária, obsessiva, fanática, distante do Cristo, pode redundar em séria perturbação mental. Quase sempre, os devotos não pedem algo mais que a satisfação egoísta no culto comum, no sentimento rudimentar da religiosidade, e, daí os desastres dos sentimentos, do coração.
O discípulo sincero e capacitado, em todas as circunstancias, compreende a probabilidade de falência da sua missão, quer seja por sua incapacidade ou pela colaboração humana, seu próximo.
O Mestre não veio ao mundo para operar a exaltação do egoísmo, individual coletivo ou institucional. Veio, sim, traçar um roteiro de amor definitivo às criaturas, instituído trabalho edificante e revelando os objetivos sublimes da vida.
Devemos lembrar sempre que a nossa existência representa uma jornada com o significado de fazer a vontade de Deus. Os instintos gerados para a preservação do corpo biológico podem até fazer a confusão dentro da mente, mas o uso correto da inteligência que o Pai nos dotou, serve para corrigir ou evitar esse dilema.
Procuro manter sempre a minha crença, uma firme convicção, que estou aqui na Terra para cumprir a vontade do Pai om prioridade e não a minha; que tenho Jesus, o Mestre enviado pelo Pai, para ensinar o que é preciso ter foco e guardar e seguir Suas bússolas comportamentais, para não entrarmos em desvios, para não sermos confundidos.