Paulo ao escrever em I Timóteo, 4:15, orientava para meditar nas coisas do alto, se ocupar delas para que o aproveitamento que tivermos seja manifesto a todos.
Depois do longo tempo de aprendizado que já passei, sei agora que minha preocupação principal será de modificar minha essência para melhor, a cada dia. Não tenho a compulsão de transformar compulsoriamente o outro, procuro entender os seus motivos, mesmo sabendo que são errados, posso dar alguma orientação, mas jamais exigir que sigam aquilo que acredito ser correto. Mesmo porque cada um escolhe um dos muitos caminhos permitidos por Deus, seja certo ou errado. Não posso afirmar que aquilo que é errado ou certo para mim, seja de igual forma para o outro. Não posso flagelar a quantos me ouvem com argumentos calorosos, azorragando costumes, condenando ideias alheias e violentando situações, esquecido de que há muitas esferas de serviço na casa do Pai.
Aceitar a boa doutrina, decorar fórmulas verbais coerentes com o amor incondicional, com a vontade do Pai, e estender os conceitos à prática cotidiana são tarefas importantes para o aproveitamento espiritual. O serviço é essencial!
Devo divulgar os ensinamentos preciosos que adquiri, mas sem deixar que eles sejam motivos de conflitos em face da menor alfinetada que se faça no caminho da crença. Devo tolerar os pequeninos aborrecimentos dentro dos diversos tipos de relacionamentos, onde há um verdadeiro jogo de máscaras em todas posições, principalmente nos domésticos, onde sempre estamos sendo testados.
A palavra de Paulo é clara nesse esclarecimento. A questão fundamental é de aproveitamento de tudo quanto aprendemos sobre a Boa Nova, que possamos coloca-la na prática, ensinando a todos que estão no nosso entorno tanto pela retórica quanto, e, principalmente, pelo exemplo.
Sei que possuímos fraquezas inatas, que mesmo sabendo muito do caminho a percorrer, não encontramos forças para aproveitar a teoria na prática. Sou um bom exemplo disso. Tenho bastante clareza sobre as exigências do mundo espiritual, obrigações necessárias para minha evolução espiritual, no entanto não tenho a produção que o Criador espera de mim.
A cultura doutrinária que já possuo representa uma conquista imprescindível para o correto ministério do bem, para que não por vaidade, o justo aproveitamento seja manifesto a todos. Reconheço que é imperioso eu fazer a reforma íntima, atenuar as forças incoercíveis até agora, dos instintos, de Behemoth, e me tornar digno frente ao Pai.