Esta frase que podemos encontrar na Bíblia tem um significado importante que pode levar a harmonia entre os gêneros, homem e mulher, tão difícil de encontrar hoje em dia. Há registro nos Evangelhos que alguns fariseus chegaram perto de Jesus e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram: — Será que pela nossa Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua esposa embora? Jesus respondeu: — Por acaso vocês não leram o trecho das Escrituras que diz: “No começo o Criador os fez homem e mulher”? E Deus disse: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.
Essa informação parece que ninguém consegue alcançar o seu sentido e praticar. Se o homem deixa o seu pai e mãe para se unir a uma mulher, deve formar com ela uma só pessoa. Isso significa que o que um sentir de bom ou ruim o outro também sentirá da mesma forma. Existe ainda o sentido da hierarquia. Quem deverá ter o mando hierárquico na relação? O homem ou a mulher? Pela constituição física, de ser o mais forte, o mais apto a sair da segurança do lar e sair pelo mundo em busca dos nutrientes para a sobrevivência de todos na família, percebemos que deve ser do homem o mando pela posição hierárquica.
Da mesma forma, pelo lado espiritual, verificamos que o mando da família deve ser do homem, pois Deus criou o homem do barro e criou a mulher de uma costela do homem. Poderia muito bem tê-la criada também do barro dando a mesma origem a ambos. Mas a mulher teve sua origem do homem, portanto subordinada a ele.
Isso quer dizer que o caminho a ser trilhado deve ser escolhido pelo homem, mesmo que possa receber contribuições da mulher. Isso significa que a mulher ao decidir se unir ao homem, deve conhecer bem quais são os caminhos que ele segue, quais são seus paradigmas. Se são diferentes e até contraditórios e a mulher não aceita essa forma de viver, então é melhor não haver união, pois a mulher não conseguirá fazer que o homem mude os seus caminhos para seguir os dela. Pode ser que até exista isso na sociedade, mas é exceção.
Se torna motivo de conflito quando a mulher se une ao homem, sabendo qual o caminho que esse percorre, diz que aceita, mas quando percebe o companheiro na estrada dele fica raivosa e desnorteada, agressiva e reivindicante. Por que a mulher não deixa essa união, deixa de dizer que pode caminhar com o companheiro e ao mesmo tempo reage tão explosivamente quando percebe que ele está fazendo o que sempre disse? Essa falta de coerência é devida a que? A esperança que um dia possa mudar os caminhos do companheiro, que ele deixe de seguir a sua trilha, fazer sua missão, e passe a fazer a vontade da mulher?
Significa tudo isso que a mulher mesmo convivendo com o companheiro, não se tornou carne da mesma carne com ele. Aquilo que ele faz e lhe satisfaz, leva desgosto e contrariedade a companheira. Se ela não consegue se tornar carne da mesma carne com o seu companheiro, é bem melhor que deixe a relação, pois irá se torna fonte de sofrimento para ambos. O homem está correto em seus paradigmas, mas a mulher está confusa, quer ficar como companheira e não consegue se tornar carne da mesma carne.