Pai, agradeço por tudo que é feito para mim por Teu intermédio, a partir da minha criação, de ter a Tua centelha divina que faz a minha sintonia conTigo. Quero pedir perdão, desculpas por minhas falhas tão fortes, tão frequentes, que impedem a realização do que posso fazer, do que devo fazer para cumprir a Tua vontade e não a minha como sempre estou colocando nas minhas falas conTigo. Mas, como Paulo já disse, o que eu quero fazer, não consigo, mas faço aquilo que não quero. Faço a minha vontade, aos prazeres mundanos que estão associados ao corpo que me destes como veículo para minha aprendizagem. Por ele sou frequentemente derrotado por suas forças instintivas de sobrevivência de todas as células que terminam afetando o meu psiquismo, detona a vontade do meu espírito que se torna impotente de realizar a minha própria vontade, o meu livre arbítrio para fazer a Tua vontade... Tuas tarefas são postergadas ad infinitum... porque prevalece de imediato os desejos da carne, quer seja de descanso exagerado, de ociosidade, quer seja a busca de prazer ligada a alguma área como alimentação, sexo, jogos...
Mas continuo Pai, com as minhas intenções de procurar fazer aquilo que tanto insisto em dizer a Ti, construir uma maquete do Teu Reino, usando todo o material instrutivo que me destes ao longo da minha vida, construir através do marketing de relacionamentos essa maquete universal, chegar perto de todos aqueles que sofrem para ajuda-los de alguma forma colocando em prática os alicerces de uma forma de igreja tipo escola, que tenha o foco no trabalho e no amor.
Tudo está bem preparado, esquematizado, falta apenas a prática, e aí está a minha grande falha: quebrar a inércia e colocar tudo isso para funcionar de forma organizada. Mas o corpo não quer passar por algum tipo de constrangimento, de renúncia, para que a Tua vontade seja realizada. Essa é a minha grande queda de braço, do meu espírito com os instintos do corpo que me destes, através da figura mitológica do Behemoth.
Pai, eu sei que tenho que conquistar aquilo que ainda não possuo. Não posso receber de Ti por um simples pedido, a realização de minhas tarefas. Sou eu que tenho que fazer, sou eu o Teu representante aqui no mundo material. Mas, será que não podes me dar um pouquinho de coragem, sabedoria e inteligência rápida para que eu possa vencer essa queda de braço entre eu e o Behemoth. Será que isso é antiético? Eu não posso pedir as coisas externas, mesmo sendo ao meu Pai, para vencer o mundo que dentro de mim existe, criado pelo Senhor mesmo, para proteger o meu corpo e reproduzi-lo.
Não tenho muita certeza nessas questões. Sei que estou perdendo tempo em poder realizar o que já está pronto e não consigo operar.
São tantos motivos que surgem na minha mente, mas todos são defesas do Behemoth para que eu não vá à luta construindo a vontade divina e deixe ele escanteado.
Esta é uma arena de luta que, apesar das minhas orações, de pedir o que é necessário para a minha existência, eu peço, mas sempre com um pé na retaguarda se estou realmente correto agindo dessa maneira.
Obrigado Pai, pela minha existência, pela saúde que tenho no corpo e na mente, e por tudo que me destes e continuas ofertando. Sei, que o que devo fazer, é o que devo fazer. Não posso esperar de ninguém a confecção de um trabalho que é meu dever realizar. E se não conseguir realizar, porque de alguma forma ainda não estou pronto, certamente outro surgirá, pois, a Tua vontade deve ser respeitada e cumprida ao longo das eras.
Obrigado, Pai, por me ouvir.