Ora! Que tola multidão a humanidade
Não reconhecem um rei ao seu lado
Reles plebeus que procuram ser amados
E quando perdem o amor sentem saudade
Quantos ficam pelos cantos reclamando
Murmurando suas dores para o mundo
Como se fosse um sofrimento tão profundo
Só porque não ficam mais amando
Pois saibam todos, vermes ignotos
Que eu nunca fui amado quanto amei
Nunca tive pra saudade um antídoto
Eu sou o rei da amargura, do afeto
Eu tenho cetro do mar que já chorei
Tenho a coroa do desejo mais secreto